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Turquia ordena prisão de 140 pessoas por suposto elo com oposição

Os detidos são suspeitos de apoiarem Fethullah Gulen, acusado de orquestrar uma tentativa de golpe de Estado em 2016

Fethullah Gulen: atualmente o clérigo opositor reside nos Estados Unidos (Charles Mostoller/Reuters)

Fethullah Gulen: atualmente o clérigo opositor reside nos Estados Unidos (Charles Mostoller/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de abril de 2018 às 12h27.

Última atualização em 13 de abril de 2018 às 12h27.

Istambul - Procuradores da Turquia ordenaram a detenção de 140 pessoas, incluindo oficiais do Exército na ativa, devido a seus supostos elos com um clérigo residente nos Estados Unidos acusado de orquestrar uma tentativa de golpe de Estado em 2016, informou a agência estatal de notícias Anadolu nesta sexta-feira.

A polícia lançou operações simultâneas em 34 províncias de todo o país tendo como alvo 70 militares do Exército na ativa, ações ligadas a um inquérito a cargo de procuradores estaduais da província central de Konya, disse a Anadolu.

Segundo a agência, os suspeitos foram visados com base em declarações de soldados detidos anteriormente por conta de seus laços com o clérigo Fethullah Gulen e que se acredita terem sido responsáveis por abrigos de estudantes do movimento de Gulen.

Em outra investigação a cargo da procuradoria de Istambul, autoridades turcas capturaram 18 de 70 suspeitos procurados devido à sua ligação com a rede de Gulen nas forças navais, noticiou a Anadolu.

No mês passado o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) disse que as autoridades turcas detiveram 160 mil pessoas e demitiram quase o mesmo número de servidores públicos desde o golpe fracassado de julho de 2016, que Ancara atribuiu a Gulen. Ele nega qualquer envolvimento.

Entre os detidos, mais de 50 mil foram acusados formalmente e mantidos na prisão durante seus julgamentos.

(Por Ezgi Erkoyun)

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