Mundo

Turquia nega ter divulgado gravações que provem a morte de Khashoggi

Fala do ministro das Relações Exteriores da Turquia desmente informações da imprensa turca e internacional

Cartaz sobre o jornalista saudita desaparecido Jamal Khashoggi (Beawiharta/Reuters)

Cartaz sobre o jornalista saudita desaparecido Jamal Khashoggi (Beawiharta/Reuters)

E

EFE

Publicado em 19 de outubro de 2018 às 08h02.

Istambul - O governo da Turquia negou nesta sexta-feira ter divulgado gravações mostrando que o jornalista saudita Jamal Khashoggi foi assassinado no consulado da Arábia Saudita em Istambul, onde desapareceu no último dia 2, desmentindo desta forma informações da imprensa turca e internacional.

"Não é verdade que a Turquia tenha entregue gravações de áudio a (secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike) Pompeo, nem a nenhum outro nome do alto escalão dos EUA", disse o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, em entrevista coletiva na Albânia, informa a agência turca "Anadolu".

"A Turquia obteve várias informações e indícios da investigação", acrescentou, sem especificar de que tipo.

"Os resultados que surgirem, vamos compartilhar com todo o mundo. Não é certo dizer que compartilhamos essas informações com nenhum país", insistiu o ministro.

Desde o desaparecimento de Khashoggi circularam na imprensa várias informações atribuídas a "fontes anônimas do Governo turco", que supostamente demonstram que o jornalista foi assassinado no consulado.

Mas o Governo turco não expressou até agora nenhuma avaliação destas hipóteses e pediu para esperar até o fim da investigação, que ainda continua.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ontem que "certamente" parece que Khashoggi está morto e garantiu que, se isto for confirmado, haverá duras consequências.

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaMortesTurquia

Mais de Mundo

Brasileiros crescem na política dos EUA e alcançam cargos como prefeito e deputado

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada