Mundo

Turquia não encontra DNA de Khashoggi no consulado saudita em Istambul

Analistas turcos recolheram amostras no consulado e na casa do cônsul, local que era considerado, no início das investigações, possível cenário do crime

Jamal Khashoggi: Jornalista desapareceu no início de outubro na embaixada saudita na Turquia (Osman Orsal/Reuters)

Jamal Khashoggi: Jornalista desapareceu no início de outubro na embaixada saudita na Turquia (Osman Orsal/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 17 de novembro de 2018 às 10h11.

A investigação do Ministério Público da Turquia, que fez várias operações no consulado saudita em Istambul, no qual foi assassinado no mês passado, o jornalista Jamal Khashoggi, não encontrou vestígios de DNA da vítima no local, informou neste sábado (17) o jornal turco Hürriyet.

Os analistas turcos recolheram amostras tanto no consulado quanto na residência do cônsul, local que, no início das investigações, era considerado possível cenário do crime, além de em vários veículos oficiais da representação diplomática.

No entanto, segundo as análises de laboratório, que terminaram agora, nenhuma das amostras continha vestígios de DNA que coincidisse com o de Khashoggi, obtido de objetos pessoais seus, assegurou o jornal, que não esclarece suas fontes.

O Hürriyet destaca a contradição entre a versão da procuradoria turca, segundo a qual Khashoggi foi assassinado por asfixia, e a do Ministério Público saudita, que na quinta-feira passada (15) garantiu que a morte foi causada pela injeção de "uma grande dose de sonífero".

O jornal sustenta que, de acordo com altos funcionários turcos, a equipe de 15 agentes sauditas enviados da capital saudita matou Khashoggi por asfixia, mas, em seguida, injetou no corpo uma substância para coagular o sangue e, então, fazer o esquartejamento com menos riscos de deixar rastros.

Acompanhe tudo sobre:Arábia SauditaTurquia

Mais de Mundo

Votação antecipada para eleições presidenciais nos EUA começa em três estados do país

ONU repreende 'objetos inofensivos' sendo usados como explosivos após ataque no Líbano

EUA diz que guerra entre Israel e Hezbollah ainda pode ser evitada

Kamala Harris diz que tem arma de fogo e que quem invadir sua casa será baleado