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Turquia mira jornal opositor por ligação com tentativa de golpe

Ação faz parte de uma repressão contínua à mídia na Turquia que tem alarmado grupos de direitos e aliados turcos no Ocidente

Tayyip Erdogan: polícia turca realizou buscas na casa do dono e dos três funcionários do jornal Sozcu (Umit Bektas/Reuters)

Tayyip Erdogan: polícia turca realizou buscas na casa do dono e dos três funcionários do jornal Sozcu (Umit Bektas/Reuters)

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Reuters

Publicado em 19 de maio de 2017 às 09h37.

Istambul - Autoridades turcas emitiram mandados de prisão para o dono e três funcionários de um jornal de oposição, informaram uma fonte da polícia e o jornal nesta sexta-feira, em uma ação que faz parte de uma repressão contínua à mídia na Turquia que tem alarmado grupos de direitos e aliados turcos no Ocidente.

Os quatro são acusados de cometerem crimes em nome da rede do clérigo radicado nos Estados Unidos Fethullah Gulen, disseram. Gulen é responsabilizado por Ancara de planejar a tentativa de golpe do último mês de julho contra o presidente Tayyip Erdogan, acusação que ele nega.

A polícia turca realizou buscas na casa do dono e dos três funcionários do jornal Sozcu, que é ferozmente crítico do governo de Erdogan e de seu partido AK, e também deteve o editor de internet do jornal, disse a fonte da polícia.

O dono do jornal está atualmente fora do país, acrescentou.

A agência de notícias estatal Anadolu disse que as acusações contra os quatro suspeitos incluem planejar "o assassinato do presidente e agressão física" e "rebelião armada contra o governo da República Turca".

Metin Yilmaz, editor-chefe do Sozcu, um jornal nacionalista e secularista, confirmou as operações policiais, mas negou as acusações, dizendo que seu jornal critica há muito tempo Gulen e seus seguidores.

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