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Turquia exonera 6 mil funcionários públicos ligados a golpe

A polícia é o setor mais afetado pelos três novos decretos publicados nesta sexta-feira no Diário Oficial, com 2.687 expulsos

Turquia: tambérm foi ordenado o fechamento de 83 associações em 20 províncias do país, e permitida a reabertura de 11 jornais locais fechados (Alkis Konstantinidis/Reuters)

Turquia: tambérm foi ordenado o fechamento de 83 associações em 20 províncias do país, e permitida a reabertura de 11 jornais locais fechados (Alkis Konstantinidis/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 21h20.

Ancara - As autoridades da Turquia exoneraram mais de seis mil funcionários públicos de diversos setores, dando continuidade às expulsões iniciadas após o fracassado golpe de Estado de julho do ano passado.

A polícia é o setor mais afetado pelos três novos decretos publicados nesta sexta-feira no Diário Oficial, com 2.687 expulsos, seguido do Ministério da Justiça, com 1.699, e o da Saúde, com 838, segundo a emissora "CNNTÜRK".

Os decretos, emitidos sob o amparo do estado de emergência vigente desde julho, também exoneram 649 acadêmicos, 149 oficiais da Marinha e 164 da Força Aérea, assim como oito pessoas do Danistay, a máxima autoridade judicial administrativa, e 135 do Diyanet, o Ministério de Religião.

Além disso, foi ordenado o fechamento de 83 associações em 20 províncias do país, e permitida a reabertura de 11 jornais locais fechados em decretos anteriores.

Embora os motivos das demissões não tenham sido informados, continuam em curso as medidas anteriores que tentavam "limpar" o governo de simpatizantes do clérigo exilado Fethullah Gülen, a quem Ancara atribui o fracassado golpe de Estado de julho de 2016.

Durante uma década, membros da confraria de Gülen ocuparam vários cargos no judiciário e na polícia, assim como no setor da educação, com pleno respaldo do governo até 2013.

Desde então, há uma luta pelo poder e as autoridades turcas consideram a rede gülenista uma organização terrorista.

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