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Turquia e EUA discutem compra de mísseis

Aliados iniciaram negociações depois de Washington expressar preocupações sobre a intenção de Ancara em adquirir mísseis chineses

Fotografia de arquivo mostra um míssel terra-ar de fabricação chinesa Hongqi-2, no Museu Militar de Pequim, em 6 de dezembro de 2004 (Frederic Brown/AFP/AFP)

Fotografia de arquivo mostra um míssel terra-ar de fabricação chinesa Hongqi-2, no Museu Militar de Pequim, em 6 de dezembro de 2004 (Frederic Brown/AFP/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de novembro de 2013 às 11h31.

Ancara - A Turquia e os Estados Unidos, aliados na Otan, iniciaram negociações depois de Washington expressar "sérias preocupações" sobre a intenção de Ancara em adquirir mísseis de longo alcance da China.

O subsecretário americano de Defesa, Jim Miller, se reuniu neste sábado a portas fechadas com autoridades turcas em Ancara, indicou um porta-voz da embaixada dos Estados Unidos na Turquia.

"O subsecretário Jim Miller veio para a Turquia para consultas bilaterais sobre questões de segurança regional, incluindo a Síria, as relações turco-americanas na defesa e nossa parceria no âmbito da Otan", afirmou o porta-voz, T.J. Grubisha, à AFP.

No mês passado, as autoridades turcas anunciaram a abertura de negociações com a companhia China Precision Machinery Import-Export Corporation (CPMIEC) para a aquisição de mísseis terra-ar Hongqi, por um valor de 4 bilhões dólares.

A preferência dada pelos turcos à empresa nacional chinesa, que sofre sanções americanas por fornecer armas ao Irã e à Síria apesar do embargo imposto, irritou seus aliados da Otan. Os Estados Unidos chegaram a expressar "sérias preocupações" a este respeito.

O embaixador americano na Turquia, Francis Ricciardone, adveritiu no mês passado, evocando uma "questão estratégica de defesa mútua", enquanto que "a cooperação industrial entre os dois países é intensa".

Ancara justificou a sua decisão de negociar com a China, ao invés de dar preferência à americana Raytheon, à russa Rosoboronexport e à fraco-italiana Eurosam, por razões de preço e transferência de tecnologia.

O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan observou na quarta-feira que "ninguém tem o direito de intervir nas decisões independentes" da Turquia, mas informou que nenhuma decisão ainda foi tomada.

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