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Turquia diz que voto armênio danifica relações com Alemanha

O parlamento alemão aprovou uma resolução que classifica como "genocídio" os massacres cometidos há mais de um século pelo Império Otomano


	Armênia: o parlamento alemão aprovou uma resolução que classifica como "genocídio" os massacres cometidos há mais de um século pelo Império Otomano
 (Getty Images)

Armênia: o parlamento alemão aprovou uma resolução que classifica como "genocídio" os massacres cometidos há mais de um século pelo Império Otomano (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 09h33.

Ancara - A adoção no parlamento alemão de uma moção sobre o genocídio armênio "danifica seriamente" as relações entre Alemanha e Turquia, garantiu nesta quinta-feira em Ancara um porta-voz do governante Partido de Justiça e Desenvolvimento (AKP).

"O resultado do voto é um sério dano às relações entre Turquia e Alemanha", declarou o porta-voz do AKP, Yassin Aktay.

Vários jornais turcos, opositores e próximos ao governo, asseguram em suas versões online que Ancara tem intenção de chamar para consultas seu embaixador em Berlim, Hüsein Avni Karslioglu, por consequência do voto parlamentar alemão.

O AKP prepara, além disso, uma declaração conjunta de três dos quatro partidos do parlamento turco para expressar seu repúdio oficial à resolução adotada em Berlim hoje.

Enquanto isso, os opositores Partido Republicano do Povo (CHP) e Movimento de Ação Nacionalista (MHP) aderirão à declaração do AKP, o pró-curdo Partido Democrático do Povo (HDP) não se unirá, assegura a imprensa turca.

O parlamento alemão aprovou hoje praticamente por unanimidade uma resolução que classifica como "genocídio" os massacres cometidos há mais de um século pelo Império Otomano contra a minoria armênia.

A votação aconteceu apesar das advertências da Turquia que as relações bilaterais se veriam afetadas pela moção.

O texto reconhece como "genocídio" -termo que a Turquia rejeita- a morte de entre 800 mil e 1,5 milhão de pessoas das minorias cristãs da Armênia nos massacres de 1915, assim como a responsabilidade alemã nelas, já que o país era então aliado do Império otomano. 

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