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Turquia diz que negocia libertação de 80 reféns no Iraque

O Ministério turco das Relações Exteriores desaconselhou viagens dos seus cidadãos ao Iraque


	80 cidadãos foram feitos reféns por militantes islâmicos no Iraque
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80 cidadãos foram feitos reféns por militantes islâmicos no Iraque (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 12 de junho de 2014 às 18h05.

Ancara - A Turquia está negociando a libertação de 80 cidadãos seus feitos reféns por militantes islâmicos no Iraque e confirmou que eles estão ilesos, afirmou o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, nesta quinta-feira.

Insurgentes sunitas do Estado Islâmico do Iraque e do Levante (Isil, na sigla em inglês), um grupo dissidente da Al Qaeda, sequestrou os turcos, entre eles soldados das forças especiais, diplomatas e crianças, na cidade de Mossul nos dois últimos dias.

Eles levaram 49 pessoas do grupo, incluindo o cônsul-geral da Turquia, do consulado turco na quarta-feira.

Os militantes ainda detêm em separado 31 caminhoneiros turcos raptados um dia antes, quando entregavam diesel.

“Este é um processo delicado, e temos uma fase muito crítica e dinâmica pela frente”, disse Davutoglu em um comunicado à mídia, recusando-se a responder perguntas.

“Em comparação a ontem (quarta-feira), estão em uma situação mais segura... estamos fazendo o nosso melhor para obter notícias positivas assim que possível”, declarou. Os reféns não foram feridos, acrescentou.

O Ministério turco das Relações Exteriores desaconselhou viagens dos seus cidadãos ao Iraque e pediu aos que se encontram lá que partam, aconselhando-os sobre rotas que o levem para fora do país.

A Turquia tem laços comerciais e políticos profundos com a área ao norte de Mossul, controlada pelos curdos, que até agora não foi alvo do Isil. Os negócios turcos também permanecem ativos em outras partes do norte iraquiano.

No início desta quinta-feira, o ministro da Justiça, Bekir Bozdag, afirmou que o governo turco não está estudando nenhuma nova autorização para uma operação militar na fronteira para adentrar o Iraque após a captura dos 80 cidadãos.

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