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Turquia diz que ataques contra curdos na Síria continuarão

Os EUA buscam reduzir as tensões entre a Turquia e os militantes curdos, porém nenhum dos dois lados recua de suas diferenças


	Tayyip Erdogan: o governo turco teme que as milícias curdas tentem unir as duas regiões e usá-las para se consolidar e estabelecer uma zona autônoma
 (Ints Kalnins/Reuters)

Tayyip Erdogan: o governo turco teme que as milícias curdas tentem unir as duas regiões e usá-las para se consolidar e estabelecer uma zona autônoma (Ints Kalnins/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 17 de fevereiro de 2016 às 14h47.

Ancara - O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou nesta quarta-feira que as forças de seu país continuarão a realizar ataques aéreos contra os militantes curdos, que são apoiados pelos Estados Unidos, ao longo da fronteira com a Síria.

A declaração é dada apesar dos pedidos dos EUA e de outras nações ocidentais pelo fim desses ataques.

As forças turcas têm atacado o norte da Síria várias vezes nos últimos dias, tendo como alvo forças curdas que se aproveitam de ataques russos para avançar em solo, às custas de forças rivais apoiadas pela Turquia e pela Arábia Saudita.

Os EUA buscam reduzir as tensões entre a Turquia e os militantes curdos, porém nenhum dos dois lados recua de suas diferenças.

Os curdos e seus aliados parecem testar a determinação de Ancara em impedir que forças curdas avancem sobre a porção de território de maioria árabe no lado sírio da fronteira.

A área é a única faixa de terra que separa duas regiões da Síria onde os curdos decretaram autonomia.

O governo turco teme que as milícias curdas tentem unir as duas regiões e usá-las para se consolidar e estabelecer uma zona autônoma.

Nesta quarta-feira, Erdogan sugeriu que os turcos podem afrouxar suas regras militares para poder atuar com mais vigor contra os rebeldes curdos na Síria.

A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, já disse que apoia a criação de uma zona de segurança, caso as partes em conflito, com exceção do Estado Islâmico, possam chegar a um acordo.

A Rússia e o governo da Síria rejeitam a ideia, o que torna um pacto improvável.

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