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Turquia detém 17 jornalistas de jornal pró-curdo

A polícia entrou na redação do jornal, localizada perto da praça Taksim no centro de Istambul, horas após ser decretado seu fechamento


	Turquia: segundo o jornal "Cumhuriyet", a lista de detidos, abrange pelo menos 17 jornalistas
 (Defne Karadeniz/Getty Images)

Turquia: segundo o jornal "Cumhuriyet", a lista de detidos, abrange pelo menos 17 jornalistas (Defne Karadeniz/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de agosto de 2016 às 15h47.

Istambul - A polícia turca deteve nesta terça-feira 17 jornalistas em uma batida no jornal "Özgür Gündem", que foi preso nesta terça-feira sob acusação de propaganda a favor do grupo armado curdo PKK, informaram à Agência Efe fontes do jornal.

A polícia entrou na redação do jornal, localizada perto da praça Taksim no centro de Istambul, horas após ser decretado seu fechamento e confiscou vários computadores, no que redatores do "Gündem" descreveram no Twitter como "um saque".

Segundo o jornal "Cumhuriyet", a lista de detidos, abrange pelo menos 17 jornalistas.

O jornal "Özgür Gündem", fundado em 1992, foi proibido várias vezes nas últimas décadas por sua cobertura do conflito curdo e só desde 2011 é publicado de novo com seu nome original.

Com uma tiragem de 6.700 exemplares, é um dos jornais nacionais de menor difusão da Turquia, mas a pressão judicial à qual esteve submetido suscitou várias protestos por parte de defensores dos direitos humanos.

Nos últimos meses, 44 intelectuais turcos assumiram por um dia o cargo de "redator chefe convidado" e três deles foram presos em junho durante uma semana, por conta de um pedido de prisão preventiva da Promotoria.

A ONG Repórteres Sem Fronteiras situa a Turquia no posto 151, de um total de 180, em liberdade de imprensa, e criticou a intervenção judicial de veículos de imprensa e a tentativa de silenciar jornalistas críticos.

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