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Da Redação
Publicado em 31 de maio de 2010 às 08h55.
Ancara, Turquia - O Governo da Turquia anunciou hoje que chamou seu embaixador em Israel para consultas em protesto ao ataque israelense à missão humanitária internacional que se dirigia à Faixa de Gaza, que deixou pelo menos 14 mortos, segundo a televisão israelense.
Além disso, Ancara pediu a convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU para discutir o assunto.
O vice-primeiro-ministro turco, Bülent Arinç, disse também que a Turquia suspendeu seus exercícios militares conjuntos com Israel, país com o qual havia criado uma forte relação econômica e militar.
Por sua vez, o ministro de Assuntos Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, irá hoje a Nova York para pedir a convocação do Conselho de Segurança da ONU, do qual a Turquia pertence como membro rotativo.
"Este incidente ressalta mais uma vez a temeridade de Israel. É uma mancha negra na história da humanidade", disse Arinç. Segundo ele, o Executivo turco ainda não dispõe de dados confiáveis sobre o número de mortos e feridos no ataque à chamada "Frota da Liberdade".
Mesmo assim, ele descartou enviar um navio militar turco à região onde aconteceu o fato até que sejam avaliadas diversas iniciativas "civis" e o assunto seja discutido com o Estado-Maior do Exército.
Arinç anunciou que pedirá à Organização da Conferência Islâmica, à União Europeia e à Liga Árabe que se reúnam para avaliar os fatos em caráter de urgência.
Segundo a emissora israelense "Canal 10", pelo menos 14 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas no ataque de uma unidade de elite do Exército israelense à "Frota da Liberdade", um grupo de seis navios que transportava mais de 750 pessoas com ajuda humanitária a Gaza.
O Exército israelense reconhece em comunicado a morte de dez ativistas durante a tomada de controle das embarcações, que aconteceu nesta madrugada a cerca de 20 milhas da faixa palestina.