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Turquia bombardeia posições dos rebeldes curdos

Aviões turcos bombardearam bases do Partido dos Trabalhadores do Curdistão, no sudoeste do país

Veículos militares turcos na cidade de Diyarbakir: ataques ocorreram após protestos (Ilyas Akengin/AFP)

Veículos militares turcos na cidade de Diyarbakir: ataques ocorreram após protestos (Ilyas Akengin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2014 às 08h27.

Diyarbakir - Aviões turcos bombardearam na segunda-feira à noite bases do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), no sudeste do país, pela primeira vez desde o cessar-fogo decretado pelos rebeldes curdos em março de 2013.

Os caças do exército turco apontaram contra posições do PKK, que atacava há três dias um posto das forças de segurança turcas em Daglica (sudeste), segundo uma fonte militar.

A operação aconteceu poucos dias depois das manifestações da comunidade curda na Turquia que terminaram em violência e deixaram 34 mortos, centenas de feridos e muitos danos.

Os manifestantes protestavam contra a recusa do governo islamita conservador a intervir militarmente para salvar a cidade curda síria de Kobane, cercada há várias semanas pelos jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI).

Em 2012, o governo turco iniciou negociações com o líder detido do PKK, Abdullah Öcalan, para tentar acabar com uma rebelião que provocou quase 40.000 mortes desde seu início, em 1984.

Os rebeldes curdos decretaram um cessar-fogo unilateral em março de 2013 e começaram a retirar parte de seus combatentes da Turquia, que seguiram para o monte Kandil, ao norte do território iraquiano.

Mas há um ano interromperam o deslocamento, pois consideraram que o governo de Ancara não cumpriu as promessas de reformas a favor da minoria curda do país, de aproximadamente 15 milhões de pessoas.

A tensão voltou com força com a ofensiva dos jihadistas contra Kobane, chamada de Ain al-Arab em árabe.

Öcalan advertiu que a queda de Kobane para o EI representaria o fim do processo de paz.

O presidente turco Recep Tayyp Erdogan criticou as manifestações curdas, mas prometeu fazer o possível para prosseguir com o diálogo.

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