O vice-primeiro-ministro turco, Ali Babacan, conversa com ministro da Economia do Japão, Taro Aso (Mandel Ngan/AFP)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2014 às 13h07.
Ancara - A Turquia assumiu nesta segunda-feira pela primeira vez a presidência do G20, o grupo das economias mais poderosas do mundo, com o desafio de reduzir as desigualdades e abrir o grupo aos países mais pobres.
"Três palavras serão o lema da Turquia na próxima cúpula anual do G20, a abertura, a realização (das decisões já tomadas) e o investimento", declarou o vice-primeiro-ministro Ali Babacan durante uma conferência de imprensa.
"Queremos que o G20 atinja os países de renda mais baixa e se concentre naqueles que não são membros", disse Babacan.
Segundo ele, a Turquia vai encurtar a distância entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos, com o objetivo de reduzir as desigualdades.
O país assume o G20 depois da Austrália e antes da China.
Babacan ressaltou que na cúpula de 2015, que será realizada em novembro em Antalya, no sul do país, serão discutidos um crescimento forte, sustentável e equilibrado, as mudanças climáticas, o desenvolvimento global e a luta contra a corrupção.
Para o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, este comando é uma oportunidade de melhorar a sua imagem no cenário internacional, marcado por críticas a seu estilo autoritário e sua recusa em intervir militarmente na Síria contra os jihadistas.
Erdogan, que foi eleito chefe de Estado depois de liderar o governo por 11 anos, é considerado responsável pelo progresso espetacular feito pela economia turca desde 2002.
O presidente tem como objetivo levar a Turquia ao clube das 10 economias mais poderosas do mundo antes de 2023, data em que o país comemora o seu centenário.