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Turquia apoia ataque à Síria sem provas do uso de química

Turquia está pronta para participar de intervenção militar na Síria, prove-se ou não que o regime usou armas químicas, declarou primeiro-ministro

Primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan: "estamos prontos para assumir nosso lugar em qualquer tipo de coalizão", afirmou (Umit Bektas/Reuters)

Primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan: "estamos prontos para assumir nosso lugar em qualquer tipo de coalizão", afirmou (Umit Bektas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 08h46.

Istambul - A Turquia está pronta para participar a qualquer momento de uma intervenção militar na Síria, operação que o governo do país considera justificada pelos ataques a civis, prove-se ou não que o regime usou armas químicas, declarou o primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan.

"Nós já dissemos que estamos prontos para assumir nosso lugar em qualquer tipo de coalizão", afirmou Erdogan em entrevista coletiva antes de viajar para São Petersburgo, onde participará da cúpula do G20.

Erdogan afirmou que está convencido de que o regime de Bashar al Assad usou armas químicas no ataque perpetrado há duas semanas próximo de Damasco, no qual morreram cerca de 1.300 pessoas.

Além disso, criticou o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que é contra uma operação contra Assad sob o argumento que não está provada a autoria deste ataque.

"É como se matar civis bombardeando de aviões não fosse um crime e matar com armas químicas sim", questionou Erdogan.

"Se entramos no debate do horror, bombardear do ar pode ser ainda mais horroroso. Que matar 100.000 pessoas não seja um crime e matar pouco mais de mil sim é muito estranho", ponderou.

O chefe do governo turco avaliou como "uma questão de política interna" o fato do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ter levado ao Congresso a decisão sobre um possível ataque à Síria.

Perguntado sobre as relações com o Egito, Erdogan disse que a retirada do embaixador turco neste país não era mais que uma simples "chamada para consultas" e que o diplomata retornaria ao Cairo. 

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