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Turquia afirma ter provas do caso Khashoggi que ainda não foram divulgadas

"Continuaremos compartilhando informações quando tivermos a certeza de que finalizamos a investigação", disse o ministro de Relações Exteriores da Turquia

Governo turco disse nesta terça-feira que ainda não divulgou todas as provas do caso do jornalista Khashoggi (Osman Orsal/Reuters)

Governo turco disse nesta terça-feira que ainda não divulgou todas as provas do caso do jornalista Khashoggi (Osman Orsal/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de novembro de 2018 às 09h37.

Istambul - O Governo turco afirmou nesta terça-feira que ainda não divulgou todas as provas do caso de Jamal Khashoggi, o jornalista saudita assassinado no consulado do país em Istambul no dia 2 de outubro.

"Temos algumas provas. Compartilhamos algumas com o público. Há outras evidências que ainda não divulgamos", disse o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, durante sua visita oficial ao Japão, em declarações coletadas pela agência turca "Anadolu".

"Continuaremos compartilhando informações quando tivermos a certeza de que finalizamos a investigação", acrescentou.

A Promotoria turca declarou recentemente que Khashoggi, de 59 anos, foi estrangulado e posteriormente esquartejado no consulado do seu país em Istambul, quando compareceu a esse escritório para obter documentos para poder se casar com sua noiva turca.

O jornalista era esperado no consulado por um comando de 15 agentes sauditas que tinham viajado para a cidade turca pouca horas antes e retornaram a Riad nessa mesma noite.

"É óbvio que 15 pessoas vieram a Istambul para matar Khashoggi. O negócio é, de quem receberam a ordem?", perguntou Çavusoglu.

"É responsabilidade da Arábia Saudita descobrir o que ocorreu com o corpo de Khashoggi e dizer porque estas 15 pessoas (suspeitos) ainda estão na Arábia Saudita", acrescentou.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmou recentemente em uma coluna publicada no jornal americano "The Washington Post", que tem a certeza de que a ordem para matar o repórter dissidente "veio dos mais altos níveis" do poder de Riad.

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