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Turquia acusa EUA de financiar "terroristas" na Síria

Para o presidente turco, os americanos financiam as YPG, uma milícia curda aliada de Washington contra o jihadista Estado Islâmico (EI)

YPG: a Turquia considera as YPG uma organização terrorista e lançou em janeiro passado uma ofensiva contra o grupo (Khalil Ashawi/Reuters)

YPG: a Turquia considera as YPG uma organização terrorista e lançou em janeiro passado uma ofensiva contra o grupo (Khalil Ashawi/Reuters)

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EFE

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 08h35.

Ancara - O presidente da Turquia, o islamita Recep Tayyip Erdogan, criticou nesta sexta-feira de novo os Estados Unidos por apoiar as milícias curdas na Síria, ao denunciar que Washington planeja dar centenas de milhões de dólares a grupos "terroristas".

"Se você der apoio de 500 ou 550 milhões de dólares do orçamento aos terroristas, temos que dizer que está correto, que está em um bom caminho?", acusou Erdogan, em referência ao que a Turquia considera sejam planos dos EUA para financiar as YPG, uma milícia curda aliada de Washington contra o jihadista Estado Islâmico (EI).

A Turquia considera as YPG uma organização terrorista e lançou em janeiro passado uma ofensiva contra o grupo no cantão sírio de Afrin, que Erdogan afirmou hoje ficará em breve "limpo de terroristas".

"Este verão vai ser quente tanto para os terroristas como para quem os apoia", advertiu Erdogan, reiterando que uma vez concluída a operação em Afrin, as tropas turcas continuarão para Manbij, outra região síria em mãos das YPG e onde, ao contrário de Afrin, há presença de forças da coalizão internacional contra o EI liderada pelos EUA.

"Primeiro limparemos Manbij de terroristas e depois transformaremos o leste do (rio) Eufrates em uma região segura para nós e nossos irmãos e irmãs sírias", afirmou Erdogan.

O presidente turco afirmou que após 35 dias de operação militar, a Turquia já controla 415 quilômetros quadrados em Afrin, aproximadamente 20% do território.

"Espero que em pouco tempo possamos limpar Afrin de terroristas e deixar que centenas de milhares de sírios (que vivem) no nosso país retornem aos seus lares", afirmou Erdogan.

Também disse que o Exército turco tomou a cidade de Afrin "logo que seja possível e depois continuará com uma nova estratégia".

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