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Turquia acredita que Bashar al-Assad está “provavelmente fora da Síria”

O ministro das Relações Exteriores do país também destacou que nos últimos dias não houve comunicação entre Damasco e Ancara

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 09h59.

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, está “provavelmente fora" do país, disse neste domingo o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, embora tenha se recusado a fazer uma declaração específica ou a dar mais detalhes.

"Não tenho certeza. Não posso comentar sobre isso. Acho que ele está fora da Síria", disse Fidan em entrevista coletiva em Doha, quando questionado sobre o paradeiro de Assad.

Ele também destacou que nos últimos dias não houve comunicação entre Damasco e Ancara, uma vez que, apesar dos esforços turcos para advertir o regime sobre sua fraqueza, “não houve resposta”.

O ministro, que se reuniu ontem na capital do Catar com o seu homólogo russo, Sergey Lavrov, e com o iraniano, Abbas Araqchi, garantiu que a Turquia observava há algum tempo o colapso do regime de Assad e tentou preveni-lo sem sucesso.

"Nos últimos dois meses tentamos contactar Assad e tudo falhou. Sabíamos que algo iria acontecer e sabíamos como a pressão estava aumentando, por causa dos refugiados e dos problemas econômicos", disse Fidan em entrevista coletiva.

“O regime estava lentamente se desmoronando e colapsando, e queríamos realmente fazer algo para o impedir. Mas a resposta curta é: não, não falamos com eles porque não houve contato”, explicou.

Ele criticou que desde que a guerra “congelou” em 2016 graças aos acordos de Astana, processo em que participaram Turquia, Rússia e Irã, o regime “poderia aproveitar este tempo valioso” para resolver o conflito, mas “não o fez”.

“Houve um colapso lento e isso explica porque Aleppo caiu, assim como as outras cidades, quase sem que um tiro fosse disparado”, disse o ministro turco.

Fidan garantiu que agora “todos os grupos na Síria” devem coordenar-se para reconstruir o país, mas aldvertiu que a Turquia irá monitorizar para evitar que “grupos terroristas como o Daesh (Estado Islâmico) ou o PKK se aproveitem da situação”.

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