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Turquia aceita cessar-fogo em ofensiva contra curdos na Síria

O cessar-fogo de cinco dias foi anunciado depois da reunião entre o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, e o vice-presidente dos EUA, Mike Pence

Turquia: a ofensiva turca contra curdos começou na semana passada (Murat Kula/Presidência/Reuters)

Turquia: a ofensiva turca contra curdos começou na semana passada (Murat Kula/Presidência/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de outubro de 2019 às 15h11.

Última atualização em 17 de outubro de 2019 às 17h15.

Ancara — A Turquia decidiu nesta quinta-feira fazer um cessar-fogo na ofensiva militar que realiza contra as milícias curdas no norte da Síria, anunciou o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, em entrevista coletiva em Ancara.

O acordo firmado com mediação da Casa Branca inclui um compromisso das Unidades de Proteção do Povo Sírio (YPG), grupo que reúne milícias curdas que atuam na região, que aceitaram se retirar de uma faixa de 32 quilômetros ao longo da fronteira da Síria com a Turquia nos próximos cinco dias.

O anúncio foi feito depois de uma reunião de mais de quatro horas com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, em Ancara, na qual também participou o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo.

O pacto também inclui uma cláusula de que Erdogan não realizará nenhuma operação contra a cidade curda de Kobani, situada na fronteira com a Síria.

Além disso, segundo Pence, Turquia e EUA concordaram em colaborar na luta contra o grupo terrorista Estado Islâmico, a favor dos direitos humanos e para proteger grupos religiosos e étnicos.

O governo americano também se comprometeu a não impor sanções aos turcos.

"Esse acordo é possível graças às boas relações entre os dois líderes", disse Pompeo, em referência a Erdogan e ao presidente dos EUA, Donald Trump.

"Os EUA são definitivamente contrários à operação turca na Síria, o presidente Trump disse abertamente. Nós ajudaremos as YPG a se retirar", completou o secretário de Estado. 

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