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Tunisiano diz que seu filho é o assassino de oposicionista

Segundo uma fonte judiciária, o suspeito de ter atirado no opositor se chama Kamel Gathgathi, vem da região de Jendouba e viveu nos Estados Unidos


	Ambulância leva o corpo de Chokri Belaid ao hospital: a morte de Belaid é uma das causas da grave crise política enfrentada pelo país atualmente.
 (Fethi Belaid/AFP)

Ambulância leva o corpo de Chokri Belaid ao hospital: a morte de Belaid é uma das causas da grave crise política enfrentada pelo país atualmente. (Fethi Belaid/AFP)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2013 às 14h05.

Tunes - O tunisiano Taieb Gathgathi declarou nesta quinta-feira que o homem procurado pelo assassinato do opositor Chokri Belaid é seu filho Kamel, que viveu e estudou nos Estados Unidos, confirmando o que uma fonte judiciária havia afirmado à AFP.

"Eu o vejo muito raramente desde que me separei da mãe dele, normalmente uma vez ao ano, quando ele estava em Túnis", explicou Gathgathi em entrevista realizada pela rádio Mosaique FM, do noroeste do país, onde vive.

"Ele estudou nos Estados Unidos às custas do estado tunisiano. Depois ofereceram um cargo para ele na casa civil", disse o homem, sem especificar as datas.

Segundo uma fonte judiciária que teve acesso ao dossiê do juiz de instrução que investiga o assassinato de Belaid, o suspeito de ter atirado no opositor se chama Kamel Gathgathi, vem da região de Jendouba e viveu nos Estados Unidos.

"o que sei de meu filho me permite diz que ele é incapaz de ferir uma mosca. Era um homem de bem, um anjo na terra", garantiu Taieb Gathgathi. "Mas se ele cometeu este crime, eu rezo a Deus para que a justiça seja feita", disse.

O ministro da Casa Civil, Ali Larayedh, anunciou nesta terça-feira que o assassino presumido, ainda foragido, foi identificado como pertencente a um grupo islamita radical, que já teve quatro membros presos por suspeita de envolvimento no crime. Nenhum deles teve a identidade revelada.

O presidente da Tunísia, Moncef Marzouki, foi ouvido nesta quinta-feira como testemunha do caso.

Pessoas próximas à vítima estimam que ele tinha informações sobre o mandatário do assassinato.

A morte de Belaid é uma das causas da grave crise política enfrentada pelo país atualmente.

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