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Tunísia quer acabar com imigração ilegal com ajuda da UE

De acordo com as últimas estatísticas, o número de expatriados tunisianos passou de 600.000 em 2000 a 1,2 milhão em 2010


	Primeiro-ministro da Tunísia, o islamita Hamadi Jebali: "Nós temos que acabar com a imigração ilegal em benefício de uma imigração organizada", disse
 (AFP/Fethi Belaid)

Primeiro-ministro da Tunísia, o islamita Hamadi Jebali: "Nós temos que acabar com a imigração ilegal em benefício de uma imigração organizada", disse (AFP/Fethi Belaid)

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Da Redação

Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 17h22.

Túnis - O primeiro-ministro da Tunísia, o islamita Hamadi Jebali, declarou nesta quarta-feira a vontade de seu governo de acabar com a imigração clandestina e a organização de fluxos regulares de viajantes com o apoio da União Europeia (UE).

"Nós temos que acabar com a imigração ilegal em benefício de uma imigração organizada para garantir os direitos dos tunisianos nos países que os acolhem", declarou Jebali numa conferência sobre a política migratória.

Essa erradicação "só será possível através da organização dos fluxos migratórios", em conjunto com a UE, que "ainda precisa de mão de obra apesar das dificuldades econômicas que ela vive", completou.

De acordo com as últimas estatísticas, o número de expatriados tunisianos passou de 600.000 em 2000 a 1,2 milhão em 2010. Metade desse total escolheu como destino a França, maior parceiro econômico da Tunísia.

De acordo com o Fórum tunisiano para os direitos econômicos e sociais (FTDES), 40.000 tunisianos imigraram clandestinamente desde da revolução de janeiro de 2011, enquanto 2.080 desapareceram no mar.

"É primordial a criação das bases de uma nova política respeitando os direitos à mobilidade, ao trabalho e à vida digna dos imigrantes tunisianos", afirmou Omaya Seddig, dirigente de uma associação de defesa dos imigrantes na Europa.

O chefe da União geral tunisiana do trabalho, Houcine Abbassi, evocou "a fuga dos cérebros" de intelectuais diplomados que partem em busca de trabalho no estrangeiro.

A Tunísia, que assinou acordos migratórios com a Itália e com a França, foi sacudida em setembro com um naufrágio no qual dezenas de imigrantes clandestinos perderam suas vidas, um drama no qual a oposição viu uma "falha na política do governo", dirigido pelo partido islamita Ennahda.

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