Mundo

Tunísia convocará novas eleições presidenciais em até 60 dias

Ben Ali, segundo presidente da Tunísia após a independência da França, renunciou ao cargo que ocupava desde 1987 e, neste sábado, chegou com sua família à Arábia Saudita

Retrato de Ben Ali no palácio presidencial (Wikimedia Commons)

Retrato de Ben Ali no palácio presidencial (Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2011 às 20h02.

Túnisia e Cairo - O Conselho Constitucional da Tunísia anunciou neste sábado que, de acordo a legislação local, o porta-voz do parlamento, e não o primeiro-ministro, deve ocupar o cargo de presidente interino, segundo informações da televisão estatal.

O primeiro-ministro tunisiano, Mohamed Ghannouchi, afirmou na sexta-feira que assumiria a presidência provisoriamente, após a renúncia de Zine al-Abidine Ben Ali.

Na sexta-feira, uma revolta nas ruas contra a repressão policial e a pobreza forçou o então presidente Zine al-Abidine Ben Ali a deixar o poder naquele país do norte da África.

Zine al Abedine Ben Ali, o segundo presidente da Tunísia após a independência da França, renunciou ao cargo que ocupava desde 1987 e, neste sábado, chegou com sua família à Arábia Saudita, segundo informou a agência de notícias oficial saudita. O ex-presidente deve permanecer no local por período indeterminado.

O Conselho tunisiano, maior autoridade legal daquele país, afirmou ainda que a constituição exige novas eleições presidenciais em um período de até 60 dias a partir deste sábado.

"O Conselho Constitucional anuncia que o posto de presidente está definitivamente vago, então adotamos o artigo 57 da constituição, que determina que o porta-voz do parlamento ocupe o cargo de presidente temporariamente e que eleições sejam convocadas em um período de 45 a 60 dias" afirmou o presidente do Conselho, Fathi Abd Ennather, em comunicado.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaGovernoPrimavera árabeTunísia

Mais de Mundo

Biden diz a Trump que os migrantes são o "sangue" dos Estados Unidos

Incêndios devastam quase 95 mil hectares em Portugal em 5 dias

Relatório da ONU e ONGs venezuelanas denunciam intensificação de torturas nas prisões do país