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Tumulto em peregrinação na Índia matou 115 pessoas

Outras 110 pessoas ficaram feridas


	Corpos em ponte após tumulto em frente a um templo na Índia: um boato sobre o possível colapso da ponte, que teria recebido o impacto de um trator, provocou uma correria
 (STRDEL/AFP)

Corpos em ponte após tumulto em frente a um templo na Índia: um boato sobre o possível colapso da ponte, que teria recebido o impacto de um trator, provocou uma correria (STRDEL/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 07h49.

Ratangarh - O balanço do tumulto ocorrido no domingo na região central da Índia durante uma peregrinação subiu nesta segunda-feira para 115 mortos, além de 110 feridos.

Dez feridos estão em condição crítica, anunciou o comandante da polícia, D.K.Arya.

"Recuperamos corpos no rio e no local em que as pessoas foram asfixiadas pela multidão", disse à AFP o policial Anand Mishra.

A tragédia aconteceu no domingo perto de um templo do distrito de Datia, no estado de Madhya Pradesh. No momento da confusão, quase 20.000 pessoas estavam na ponte sobre o rio Sindh.

Segundo as autoridades locais, um boato sobre o possível colapso da ponte, que teria recebido o impacto de um trator, provocou uma correria.

Muitos peregrinos morreram asfixiados, outros afogados, depois que caíram no rio.

Os sobreviventes relataram cenas de caos e os esforços desesperados das vítimas para escapar da morte.

"Alguns arrancaram os saris dos corpos das mulheres para usá-los como cordas e descer da ponte, mas não conseguiram escapar. Se afogaram nas águas agitadas do rio", contou à AFP o vendedor ambulante Man Singh.

"As pessoas pulavam no rio, mas não conseguiam nadar contra a corrente", declarou Manoj Shrama ao jornal Times of India.


Atualmente os hindus celebram o final da festa Navaratri, uma homenagem à deusa Durga, que atrai milhões de fiéis aos templos.

Quase 400.000 pessoas estavam nos arredores do templo de Ratangarh, que fica a 350 km de Bhopal, capital do estado.

Testemunhas denunciaram agressões da polícia contra a multidão, mas as autoridades negaram a acusação.

Há sete anos, uma tragédia similar, perto do mesmo templo, provocou a morte de 50 pessoas. O acidente motivou a construção da ponte.

"Os policiais de Datia não aprenderam nada com o que aconteceu em 2006", criticou o jornal Hindustan Times. A catástrofe "destaca a incompetência total das autoridades responsáveis pela segurança dos fiéis", completa.

"Se houvesse um número suficiente de policiais, guardas e médicos perto do templo, as mortes poderiam ter sido evitadas", afirmou Kantilal Bhuria, líder do Partido do Congresso em Madhya Pradesh, estado governando pelo partido Bharatiya Janata (BJP).

Os tumultos com vítimas fatais em celebrações religiosas são frequentes na Índia, onde em fevereiro 36 pessoas morreram pisoteadas na peregrinação de Kumbh Mela, às margens do rio Ganges.

Em 2011, 102 hindus morreram em outro tumulto no estado de Kerala, e 224 peregrinos faleceram em setembro de 2008 em Johpur.

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