Ambulância evacua vítimas de tumulto em Mina, na Arábia Saudita: "O número de feridos subiu a 719 e o de mortos a 453", anunciou a Defesa Civil (Reuters / Stringer)
Da Redação
Publicado em 24 de setembro de 2015 às 09h10.
Pelo menos 453 pessoas morreram nesta quinta-feira e 719 ficaram feridas em um tumulto em Mina, Arábia Saudita, durante um ritual da peregrinação anual dos muçulmanos a Meca, segundo um balanço atualizado da Defesa Civil.
Esta foi a segunda tragédia a atingir os fiéis em menos de duas semanas na região. No dia 11 de setembro, antes do início da peregrinação a Meca, conhecida como hajj, uma grua desabou na Grande Mesquita de Meca e matou 109 pessoas.
"O número de feridos subiu a 719 e o de mortos a 453", anunciou a Defesa Civil no Twitter.
De acordo com uma fonte do ministério da Saúde, o tumulto aconteceu durante o ritual de apedrejamento de satã em Mina, que consiste em atirar pedras contra pilastras que representam o diabo.
A tragédia ocorreu perto de uma das pilastras quando várias pessoas que deixavam o local se encontraram com um grande número de peregrinos que desejavam ter acesso.
Os fiéis têm acesso à área das pilastras por túneis e vias elevadas e, nos últimos anos, as autoridades realizaram obras importantes para facilitar o deslocamento das pessoas e evitar acidentes como o desta quinta-feira.
As vítimas são de várias nacionalidades, segundo as autoridades.
De acordo com a Defesa Civil, seis equipes de emergência prestam os primeiros socorros aos feridos no local da tragédia e orientam os peregrinos para "rotas alternativas".
Em janeiro de 2006, uma tragédia similar no mesmo local matou 364 peregrinos.
Os peregrinos iniciaram o ritual de apedrejamento de satã nesta quinta-feira, primeiro dia da festa do Adha.
O ritual consiste no ato de lançar sete pedras no primeiro dia do Eid al-Adha contra uma grande pilastra que representa satanás, e 21 no dia seguinte contra três grandes pilastras (grande, média e pequena).
O Irã atribuiu a tragédia a falhas de segurança.
"Por motivos desconhecidos fecharam um acesso ao local no qual os fiéis cumprem o ritual de apedrejamento de satã", afirmou o diretor da organização iraniana do hajj, Said Ohadi.
"Foi isto o que provocou este trágico incidente", disse à televisão estatal iraniana.