Tufão Nida: a chuva torrencial e o vento trazidos pelo Nida danificaram 19,6 mil hectares de cultivos e 2,4 mil casas (Stringer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de agosto de 2016 às 11h18.
Pequim - O tufão Nida, o de maior potência que atinge o sul da China em mais de 30 anos, afetou 495 mil pessoas, apesar de não ter deixado nenhuma vítima, segundo os últimos dados divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério chinês de Assuntos Civis.
O Nida forçou a evacuação de 37 mil pessoas nas províncias de Cantão, Guangxi, Guizhou, Hunan e Yunnan, e causou perdas econômicas avaliadas em 510 milhões de iuanes (US$ 77 milhões).
A chuva torrencial e o vento trazidos pelo Nida danificaram 19,6 mil hectares de cultivos e 2,4 mil casas, e um total de 2,1 mil pessoas necessitam de assistência urgente.
O Nida, que perdeu força, se movimenta a cerca de 20 km/h e hoje atravessa a região autônoma de Guangxi, ao oeste de Cantão.
Especiais precauções foram tomadas nessa região na comarca de Cangwu, sacudida no domingo por um terremoto moderado de 5,4 graus de magnitude, já que há temor de que as estruturas dos edifícios tenham ficado debilitadas e possam ser danificadas ainda mais com o temporal que acompanha o Nida.
O tufão é segundo os meteorologistas o mais potente que chega ao sul da China desde 1983 e foram tomadas extraordinárias medidas de prevenção, que incluíram na terça-feira o fechamento de escolas e escritórios para que a maioria da população em grandes cidades como Cantão, Shenzhen ou Hong Kong ficasse em suas casas.
A China sofre a cada verão os efeitos de vários tufões e por enquanto o mais destrutivo em 2016 foi o Nepartak, que deixou mais de 80 mortos no litoral sudeste do país, principalmente na província de Fuzhou, vizinha de Cantão.