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Tufão "Haikui" chega à China e habitantes deixam suas casas

Só em Xangai, mais de 374 mil pessoas foram transferidas a abrigos

Xangai, na China: 374 mil pessoas se protegem de tufão em estádios e escolas (Feng Li/Getty Images)

Xangai, na China: 374 mil pessoas se protegem de tufão em estádios e escolas (Feng Li/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2012 às 08h45.

Xangai - O tufão "Haikui" tocou a terra na madrugada desta quarta-feira no leste da China, onde cerca de 1,2 milhão de pessoas já deixaram suas casas como medida de segurança.

Só em Xangai, cidade que tem 23 milhões de habitantes, foram transferidas a diferentes abrigos, em estádios e escolas, mais de 374 mil pessoas.

"Haikui", que poderá ser o primeiro tufão a atingir consideravelmente a capital econômica do país desde 2005, também forçou a retirada de mais de 467 mil pessoas na província de Zhejiang e de 74 mil em Jiangsu.

O tufão, com fortes chuvas e ventos de até 150 km/h, entrou no litoral chinês pela aldeia de Hepu, na província oriental de Zhejiang, às 3h20 locais (16h20 de Brasília), e sua chegada já começou a causar inundações.

Pelo menos 6.327 embarcações ficaram ancoradas no porto mercante da cidade, o mais movimentado do planeta, perante o estado do Mar da China Oriental, onde devem ser registradas ondas de até nove metros.

"Xangai se livrou de dúzias de tufões nos últimos anos, mas esse poderá ser o primeiro a representar um desafio real desde 2005", alertou o vice-prefeito de Gestão e Planejamento Urbano, Shen Jun.

Diante dessa perspectiva, a cidade cancelou todas as atividades organizadas ao ar livre, fechou todos seus parques, suspendeu as aulas nos centros educacionais e proibiu qualquer tipo de obras ao ar livre, informa o diário "Shanghai Daily".

Pelo menos 237 voos foram cancelados nesta terça-feira nos dois aeroportos comerciais da metrópole, e as companhias aéreas locais preveem que o mesmo aconteça nesta quarta, sobretudo em voos regionais rumo às cidades do sudeste do país.

"Haikui" é o terceiro tufão a castigar o leste da China na última semana, após a passagem de "Saola" e "Damrey", que deixaram 23 mortos e nove desaparecidos, número que se soma aos 13 mortos e três desaparecidos causados pelas chuvas do fim de semana na província central de Hubei.

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