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Tucker Carlson, ex-apresentador da Fox News, fará entrevista inédita com Putin em Moscou

Figura conservadora famosa nos EUA tem criticado o apoio americano à Ucrânia na guerra e expressou simpatia a Putin

Putin ainda não foi entrevistado por nenhum jornalista da mídia ocidental desde o começo da guerra. (Jason Koerner/Getty Images)

Putin ainda não foi entrevistado por nenhum jornalista da mídia ocidental desde o começo da guerra. (Jason Koerner/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 7 de fevereiro de 2024 às 06h55.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2024 às 06h56.

O ex-apresentador da Fox News, Tucker Carlson, disse em uma postagem no X que entrevistará o presidente russo Vladimir Putin. Isso o tornaria o primeiro membro da mídia ocidental a entrevistar o líder russo desde a invasão do país à Ucrânia há quase dois anos.

"A maioria dos americanos não tem ideia por que Putin invadiu a Ucrânia ou quais são seus objetivos agora... Os americanos têm o direito de saber tudo o que podem sobre uma guerra na qual estão implicados e temos o direito de informá-los sobre isso", disse Carlson em um vídeo postado direto de Moscou na terça-feira.

Carlson tem criticado o apoio dos EUA à Ucrânia na guerra e expressou anteriormente simpatia a Putin. "Por que Putin é um cara ruim? Ele não é Saddam Hussein ou Adolf Hitler. Ele não é perigoso para os Estados Unidos", disse Carlson em 2017.

Na sequência à invasão da Ucrânia, o apresentador, uma das estrelas do movimento conservador norte-americano, disse que Volodmyr Zelensky, presidente ucraniano, era um líder autoritário.

"Zelensky não tem interesse na liberdade e na democracia. Na verdade, ele é muito mais próximo a Lênin do que a George Washington. Ele é um ditador, um autoritário perigoso que usa bilhões de dólares de ajuda dos EUA para comandar um país de um partido só", criticou em 2022.

Crise na maior usina nuclear da Europa

Um novo impasse surgiu na usina nuclear de Zaporizhzhia (a maior da Europa), ocupada pela Rússia, no sul da Ucrânia.

Aproximadamente 100 funcionários ucranianos do complexo estão se recusando a assinar contratos com a empresa nuclear russa Rosatom, disse o chefe da agência nuclear da ONU, Rafael Grossi, a uma estação de rádio francesa na terça-feira.

Grossi falou que examinaria qualquer impacto nas operações da usina, onde os seis reatores estão desligados, quando a visitasse nesta quarta-feira, 7.

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