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Terremoto no Japão: o que se sabe sobre os tremores que atingiu o país

O mais forte dos abalos teve magnitude 7,6, segundo o serviço meteorológico japonês

Terremoto no Japão: as autoridades japonesas emitiram alertas com ondas de até 5 metros para a Ishikawa (MLADEN ANTONOV/AFP/Getty Images)

Terremoto no Japão: as autoridades japonesas emitiram alertas com ondas de até 5 metros para a Ishikawa (MLADEN ANTONOV/AFP/Getty Images)

Publicado em 1 de janeiro de 2024 às 15h29.

Última atualização em 1 de janeiro de 2024 às 17h26.

O Japão descartou risco de grande tsunami no país, na tarde desta segunda-feira, 1, após uma série de terremotos que abalaram a costa oeste do país. O mais forte dos abalos teve magnitude 7,6, segundo o serviço meteorológico japonês. Um homem morreu ao ficar preso em escombros de um prédio que desabou durante um dos tremores, na cidade de Ishikawa.

As autoridades japonesas emitiram alertas com ondas de até 5 metros para a Ishikawa. As ondas que atingiram Fukushima, em 2011, causando um dos piores desastres naturais da história, chegaram a 15 metros de altura.

Por volta das 20h30 (8h30 no horário de Brasília), as autoridades diminuíram o risco para ondas de 3 metros. Mais tarde, o nível de alerta foi reduzido ainda mais, com previsão de ondas de até 1 metro de altura.

Além do Japão, cidades costeiras da Coreia do Sul e do extremo oriente da Rússia também entraram em alerta para a possibilidade de tsunami. Na Coreia, a agência meteorológica do país pediu aos residentes ficarem atentos a possíveis mudanças no nível do mar.

Na Rússia, o Ministério de Situações de Emergência alertou para a possibilidade de tsunami nas áreas da Sakhalin, ilha do extremo oriente russo, e Vladivostok, importante cidade portuária.

As autoridades japonesas pediram à população que se abrigasse em locais seguros. "Todos os residentes devem se mudar imediatamente para áreas mais altas", apelou o canal de televisão nacional NHK. "Temos consciência de que suas casas e pertences são muito queridos para vocês, mas sua vida é mais importante do que qualquer outra coisa. Corram para as áreas mais altas possíveis", exortou o apresentador.

30 mil casas sem luz

As primeiras ondas, com altura de aproximadamente 1,20 metro, atingiram a cidade de Wajima, cerca de 500 quilômetros a oeste de Tóquio, por volta das 16h21 (horário local, 4h21 de Brasília).

Nenhum dano foi relatado até agora devido ao aumento das águas, mas mais de 30 mil casas estão sem eletricidade em Ishikawa, assim como outras 3,6 mil na vizinha Niigata, em consequência do terremoto e dos vários tremores secundários. Um grande incêndio também foi deflagrado na cidade de Wajima como resultado dos tremores.

Várias estradas da costa oeste registraram danos significativos e permanecem fechadas, enquanto imagens publicadas nas redes sociais mostram casas completamente destruídas em Ishikawa. Os serviços ferroviários também foram suspensos no nordeste do país e no centro e no norte da costa oeste.

Sem brasileiros entre vítimas de terremoto no Japão, afirma Itamaraty

O Itamaraty divulgou nota oficial no início da tarde apontando que, até o momento, não há notícias de brasileiros mortos ou feridos entre as vítimas dos terremotos.

"O Itamaraty, por meio de sua embaixada em Tóquio e de seus consulados-gerais no Japão, está em contato com a comunidade brasileira no país e com autoridades locais", diz a publicação.

A pasta informa que os plantões consulares do Consulado-Geral em Nagóia (080-8255-2410) e em Tóquio (090-6949-5328) estão em funcionamento para atender cidadãos nacionais em situação de emergência. O plantão consular geral do Itamaraty também pode ser contatado por meio do telefone +55 (61) 98260-0610.

Na mesma nota, o governo expressou solidariedade à população japonesa e às vítimas, que ainda estão sendo registradas.

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