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Tsipras pede respeito a processo democrático na Grécia

Após a suspensão das negociações com os credores até depois do referendo, a Grécia se centra agora nos preparativos da consulta do próximo domingo


	Alexis Tsipras: "no dia seguinte (à consulta) todos seremos um no esforço de tirar o país da crise. E sem dúvida a superará preservando a dignidade e a soberania"
 (REUTERS/Grigory Dukor)

Alexis Tsipras: "no dia seguinte (à consulta) todos seremos um no esforço de tirar o país da crise. E sem dúvida a superará preservando a dignidade e a soberania" (REUTERS/Grigory Dukor)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 11h17.

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, pediu nesta quinta-feira o respeito ao processo democrático e a preservação da união nacional para o referendo do próximo domingo sobre a proposta de acordo dos credores.

"No dia seguinte (à consulta) todos seremos um no esforço de tirar o país da crise. E sem dúvida a superará preservando a dignidade e a soberania", disse Tsipras em discurso para líderes das Forças Armadas depois de se reunir com o ministro da Defesa, Panos Kamenos, líder do partido Gregos Independentes, parceiro menor do governo.

Após a suspensão das negociações com os credores até depois do referendo, a Grécia se centra agora nos preparativos da consulta do próximo domingo.

A campanha para este referendo no qual os gregos devem decidir se aceitam ou não a proposta dos credores, se polariza à medida que se aproxima a votação.

Os dois principais partidos já subiram o tom de suas mensagens e enquanto o governamental Syriza pede apoio ao "não" para fortalecer a posição do governo nas negociações, os conservadores da Nova Democracia solicitam aos votantes a marcar o "sim", porque insistem em que o que está em jogo é a permanência na moeda comum.

O ex-primeiro-ministro conservador Konstantinos Karamanlis destacou que o pensamento da oposição, ao assegurar que o "não" será interpretado por todos como o "primeiro passo rumo à saída" da Europa.

O porta-voz do governo, Gavriil Sakellaridis, afirmou que uma vitória do "não" permitirá ao Executivo voltar à mesa de negociações para conseguir um acordo em melhores condições.

O ministro das Finanças, Yanis Varoufakis, por sua vez, assegurou que se o "sim" vencer renunciará e não assinará o que qualificou como um "acordo hipócrita", que não aborda questões-chave como a sustentabilidade da dívida.

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