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Tsipras diz que não recuará de promessas eleitorais

Primeiro-ministro ressaltou que o governo já "informou" as instituições e que está "aberto a sugestões", mas salientou que a Grécia deu seu apoio às mudanças


	Alexis Tsipras: "o programa tem uma duração de quatro anos e será completado até o final. As medidas anunciadas pelo governo não são negociáveis e serão apresentadas no parlamento imediatamente"
 (Kostas Tsironis/Reuters)

Alexis Tsipras: "o programa tem uma duração de quatro anos e será completado até o final. As medidas anunciadas pelo governo não são negociáveis e serão apresentadas no parlamento imediatamente" (Kostas Tsironis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 12h48.

Atenas - O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, disse nesta segunda-feira que o governo não retrocederá em suas promessas eleitorais e que as medidas anunciadas serão enviadas ao parlamento imediatamente.

"O programa tem uma duração de quatro anos e será completado até o final. As medidas anunciadas pelo governo não são negociáveis e serão apresentadas no parlamento imediatamente", afirmou Tsipras para o jornal local "Ethnos".

O primeiro-ministro ressaltou que o governo já "informou" as instituições e que está "aberto a sugestões", mas salientou que o povo grego deu seu apoio às mudanças.

Tsipras disse que a Grécia "não é uma colônia" e que seu Executivo não contempla a possibilidade de "voltar ao memorando (programa de resgate)", por isso não aplicará as medidas do governo anterior, que "caiu pelo voto do povo".

Em sua opinião", "a chave" para se alcançar um verdadeiro compromisso na eurozona é o "reconhecimento da que a política anterior de austeridade extrema falhou não apenas na Grécia, mas em toda a Europa".

Sobre as negociações com os seus sócios, Tsipras disse que o acordo alcançado com o Eurogrupo em 20 de fevereiro "foi claro e os acordos devem ser respeitados".

O primeiro-ministro afirmou que "se o acordo de 20 de fevereiro continuar sendo boicotado, está claro que será necessário um acordo de máximo nível político", o que seria a realização de uma cúpula de chefes de Estado e Governo.

Tsipras afastou ainda a possibilidade de problemas de liquidez das contas públicas e disse que não há "nenhum risco para os salários e as pensões, assim como qualquer ameaça para as aplicações na Grécia".

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