O candidato governista à Presidência do país, Juan Orlando Hernández: a candidata opositora também reivindica vitória no pleito (REUTERS/Stringer/Reuters)
Da Redação
Publicado em 26 de novembro de 2013 às 05h48.
Tegucigalpa - O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de Honduras declarou nesta segunda-feira que o candidato governista à Presidência do país, Juan Orlando Hernández, ganhou de forma "irreversível" as eleições, com 67% dos votos apurados.
O quinto boletim de resultados parciais divulgado nesta segunda-feira pelo TSE, com 67% das urnas apuradas, coloca Hernández, do Partido Nacional, no primeiro lugar com 34,08% dos votos, seguido por Xiomara Castro, candidata do Partido Libertad y Refundación (Livre, de esquerda), com 28,92%.
Apesar de o órgão eleitoral ainda não ter declarado oficialmente um vencedor, o presidente do TSE, David Matamoros, disse em rede nacional de rádio e televisão que os resultados divulgados até agora "refletem uma tendência que é irreversível".
O presidente do TSE afirmou que "ainda não declaramos um ganhador ou perdedor, mas determinamos que com os números que já temos os resultados definitivos serão iguais".
Hernández e Xiomara se autoproclamaram como vencedores no domingo, enquanto observadores internacionais, empresariais e políticos pediram aos candidatos que esperassem com paciência pelos resultados finais.
O candidato governista disse nesta segunda-feira que "o triunfo não se negocia com ninguém porque é a vontade do povo hondurenho expressada nas urnas".
O ex-presidente hondurenho e marido da candidata do Partido Libertad y Refundación, Manuel Zelaya, disse que ele e sua esposa não aceitam os resultados e convocou seus seguidores a defender a vitória de Xiomara "nas ruas".
Na América Central, os governos de Nicarágua e Costa Rica já cumprimentaram a vitória de Hernández, enquanto Guatemala e El Salvador elogiaram o comportamento cívico dos hondurenhos, assim como também fizeram os Estados Unidos nesta segunda-feira.
Nas eleições em Honduras, que transcorreram em paz, participaram nove partidos políticos, quatro deles surgidos após o golpe de Estado de 28 de junho de 2009 contra Zelaya, quando este promovia uma consulta popular para reformar a Constituição ignorando impedimentos legais.