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Trump zomba de Elizabeth Warren após anúncio de candidatura para 2020

Trump a chamou de "Pocahontas" várias vezes, e o aborrecimento da tribo indígena Nação Cherokee

Elizabeth Warren, possível vice-presidente do governo Sanders nos EUA (Jason Reed/Reuters)

Elizabeth Warren, possível vice-presidente do governo Sanders nos EUA (Jason Reed/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de fevereiro de 2019 às 10h39.

Última atualização em 26 de setembro de 2019 às 14h34.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, zombou da senadora democrata Elizabeth Warren, que anunciou neste sábado sua candidatura para as próximas eleições presidenciais no país em 2020.

"Hoje Elizabeth Warren, às vezes referida por mim como Pocahontas, se uniu à corrida para Presidente. Vai concorrer como a nossa primeira candidata presidencial nativa americana, ou decidiu que depois de 32 anos, isto já não está funcionando tão bem?", escreveu Trump na sua conta do Twitter.

"Nos vemos na campanha, Liz!", acrescentou o líder.

O anúncio de Elizabeth chegou em um momento no qual sua popularidade caiu depois que a senadora publicou em outubro os resultados de uma prova de DNA para demonstrar que provavelmente tinha raízes de nativos americanos.

O jornal "The Boston Globe" publicou o resultado de uma prova de DNA que, em um primeiro momento, demonstrava "provas sólidas" que houve um nativo americano na árvore genealógica de Elizabeth.

No entanto, horas mais tarde o periódico de Boston reconheceu que houve um "erro matemático" ao calcular a herança genealógica de Warren e que, na realidade, a política tem entre 1/64 e 1/1.024 de origem nativa americana.

Essa passagem provocou as chacotas de Trump, que a chamou de "Pocahontas" várias vezes, e o aborrecimento da tribo indígena Nação Cherokee, que asseverou que o uso de um teste de DNA para demonstrar "qualquer conexão com origens de nativos americanos é inadequado e incorreto".

Em 2012, a legisladora disse que tinha raízes indígenas, mas a falta de provas a respeito e sua decisão de se identificar como nativa americana no diretório da Associação de Escolas de Direito dos EUA levaram Trump e outros conservadores a acusá-la de ter mentido sobre esse ponto para avançar na sua carreira.

O chefe da campanha eleitoral de Trump em relação com 2020, Brad Pascale, rotulou Elizabeth de "fraude" e previu que sua campanha será "desonesta".

"Elizabeth já foi exposta como uma fraude por parte dos nativos americanos depois de se fazer passar por uma indígena e cometer uma falta de respeito para avançar na sua carreira profissional. (...) O povo americano rejeitará sua campanha desonesta", disse Pascale em comunicado.

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