Agência de notícias
Publicado em 23 de julho de 2024 às 08h10.
Última atualização em 23 de julho de 2024 às 08h13.
A desistência do atual presidente americano Joe Biden de disputar a reeleição movimenta, também, o mercado de apostas. Depois de o republicano renunciar à corrida eleitoral, um site especializado mostrou que, entre os principais sites de apostas dos Estados Unidos, a vitória de Donald Trump
é quase duas vezes mais provável do que a chance de Kamala Harris — atual vice-presidente e mais provável a assumir candidatura de Biden — sair vitoriosa.
Um levantamento feito pelo portal RealClearPolling analisou as estimativas de sete sites americanos de apostas e fez uma média entre eles. Trump aparece com 59,4% de chances de ser eleito, contra 30,7% de Kamala.
No melhor dos cenários para o republicano, um dos sites aponta que ele tem 62% de chances de sair vitorioso, segundo o site Bovada, contra 32% da rival. Para a democrata, nem mesmo o melhor dos cenários especulados é animador: com 37% de chances de vencer, ela ainda estaria 20 pontos percentuais atrás de Trump (segundo o site Predictlt), que teria 57%.
Neste levantamento, os sites ainda levaram em conta outras eventuais candidaturas, como a da ex-primeira-dama Michelle Obama, que varia entre 3% e 6% (não sendo citada em uma das análises). O candidato independente Robert Kennedy Jr aparece logo em seguida, com chances entre 1% e 2% (sem ter sido citado em dois dos levantamentos).
Também são citados em uma ou mais das pesquisas Gretchen Whitmer (governadora do estado do Michigan, até 2%), Gavin Newsom (governador da Califórnia, de 0% a 3%), Hillary Clinton (candidata derrotada por Trump em 2016, até 2%), Pete Buttigieg (menos de 1%) e até mesmo um retorno improvável de Joe Biden à disputa foi citado (menos de 1%).
Mesmo antes da desistência do democrata Joe Biden da corrida eleitoral, a campanha de Donald Trump já preparava um ataque à vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, indicada pelo presidente como sua escolha para substituí-lo, além de outros democratas que poderão concorrer à Presidência.
Mas, a maior parte da ofensiva desde o início esteve centrada em Kamala, disseram duas pessoas que conhecem a estratégia de Trump. Há, por exemplo, uma pesquisa recente sobre os pontos fracos dela e anúncios sobre vulnerabilidades de sua trajetória política. Ela é o principal alvo da equipe de Trump porque se supõe que, se os democratas ignorassem a primeira mulher negra a servir como vice-presidente, isso aprofundaria ainda mais as divisões no partido e haveria o risco de alienar sua base de eleitores negros.
Aliados de Trump também começaram a examinar os registros de governadores democratas considerados potenciais parceiros de chapa de Harris. Atenção especial é dada ao governador Josh Shapiro, da Pensilvânia, um dos estados-chave da disputa. A campanha de Trump não quis comentar o assunto. Já Brian Fallon, porta-voz de Kamala, disse em nota que “Donald Trump recorre a mentiras sobre o histórico da vice-presidente. Como ex-promotora e procuradora-geral, ela enfrentou fraudadores e criminosos como Trump durante toda a sua carreira.”