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Vanessa Barbosa
Publicado em 21 de agosto de 2017 às 14h32.
São Paulo - Na última quinta-feira, a administração de Donald Trump anunciou orgulhosamente que a compra de água engarrafada voltará a ser permitida em todos os parques nacionais do país.
Em 2011, sob o então governo de Barack Obama, o Serviço de Parques Nacionais implementou uma política para incentivar os parques nacionais a acabar com a venda de água engarrafada a fim de reduzir a poluição por plásticos nessas áreas.
Na prática, apenas 23 dos 417 parques nacionais, incluindo alguns dos mais famosos, como o Parque Nacional do Grand Canyon e o Parque Nacional Zion, haviam implementado restrições até o momento.
No lugar, os parques passaram a incentivar os visitantes a levar garrafinhas próprias para recarregar nos bebedouros disponíveis ao longo do passeio.
Desde que a proibição começou a valer, a indústria de água engarrafada se queixava de que medida era injusta, por deixar de fora os refrigerantes e as bebidas energéticas.
Em nota, o Serviço de Parques Nacionais diz que a proibição eliminou a escolha de bebidas mais saudáveis, enquanto ainda permitia as vendas de bebidas açucaradas.
Mas os críticos vêem a reversão da política como mais um dos esforços da administração Trump para reverter os regulamentos ambientais da era Obama.
Em um comunicado, o diretor de política de terras públicas do Sierra Club, Athan Manuel, disse que "as ações que atrasam a proteção nos Parques Nacionais e terras públicas apenas movem o país para trás, colocando a importância das economias locais, vida selvagem e comunidades em segundo plano. "
O Sierra Club ressaltou ainda que a proibição de garrafas de água nos parques nacionais foi um esforço para aumentar a sustentabilidade e reduzir as emissões de carbono.
Coincidentemente, na semana que a proibição das garrafas plásticas foi revogada, a Casa Branca também anunciou a retirada do posto de compartilhamento de bicicletas de aluguel que havia sido instalado na frente da residência presidencial oficial pelo governo Obama.