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Trump volta à Flórida para analisar desastres de furacão Irma

ÀS SETE - As viagens do presidente a essas regiões foram desenhadas como parte da estratégia de construir uma união nacional de um país dividido

Trump: o presidente irá às cidades de Naples e Fort Myers, na região sudoeste do estado, com outras paradas ainda não divulgadas (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: o presidente irá às cidades de Naples e Fort Myers, na região sudoeste do estado, com outras paradas ainda não divulgadas (Kevin Lamarque/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2017 às 06h29.

Última atualização em 14 de setembro de 2017 às 07h30.

O presidente americano Donald Trump volta à Flórida nesta quinta-feira, mas desta vez não é para curtir o final de semana em seu resort em Mar-a-Lago. Trump chega ao estado para conferir de perto os estragos do furacão Irma, que atingiu a Flórida no último final de semana.

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Segundo informações da assessoria de imprensa da Casa Branca, o presidente irá às cidades de Naples e Fort Myers, na região sudoeste do estado, com outras paradas ainda não divulgadas.

Trump, que chega acompanhado do vice-presidente Mike Pence e da primeira dama Melania Trump, havia anunciado no Twitter que iria visitar a região para conversar com a Guarda Costeira, a Agência Federal de Administração de Emergência (FEMA) e com os cidadãos que vieram de outros estados em auxílio.

As viagens do presidente às regiões atingidas por desastres, tanto no Texas, que no final de agosto foi impactado pela tempestade tropical Harvey, quanto na Flórida foram desenhadas por oficiais da Casa Branca como parte da estratégia de construir uma união nacional, diante do país fortemente dividido politicamente.

Na Flórida a situação segue calamitosa. Segundo o departamento de Segurança Interna, 15 milhões de pessoas ainda estão sem eletricidade no estado e muitas ainda devem levar semanas para ter a energia restabelecida.

De acordo com o porta-voz da companhia de Luz e Força da Flórida, que fornece energia para metade do estado, a recuperação será lenta, “talvez uma das mais lentas da história dos Estados Unidos”. Pelo menos oito pessoas morreram em casas de repouso para idosos por causa da falta de ar condicionado e o forte calor da região. Cerca de 160 casas de repouso ainda estão sem energia. Em um estado com cerca de 20% da população acima dos 65 anos, este é um dos efeitos pós-tormenta que podem ser fatais.

A agência de análise Moody’s estima que o custo em danos a propriedade das duas tempestades que atingiram os Estados Unidos, Harvey e Irma, podem alcançar 200 bilhões de dólares — quantia semelhante à do furacão Katrina que varreu Nova Orleans em 2005.

O número de mortos chegou a  85. À face do desastre, se Trump deseja unir a nação, o momento é oportuno. Segundo líderes democratas, na noite de quarta-feira o presidente aceitou um acordo para aumentar a proteção a filhos de imigrantes sem documentação e até concordou com um pacote de segurança que não inclui o muro na fronteira com México.

A Casa Branca não confirma as informações, mas parece o prenúncio de mudanças importantes na estratégia “som e fúria” do presidente. 

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