Donald Trump: "Este é um dia muito triste para mim, pessoalmente", disse em sua saída da Casa Branca (Jonathan Ernst/Reuters)
EFE
Publicado em 4 de outubro de 2017 às 10h57.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a primeira-dama, Melania, deixaram a Casa Branca nesta quarta-feira rumo a Las Vegas, onde devem se reunir com policiais e vítimas do tiroteio que matou 58 pessoas e deixou mais de 500 feridos.
"Este é um dia muito triste para mim, pessoalmente", disse Trump à imprensa em sua saída da Casa Branca.
Trump e a primeira-dama partiram rumo à base militar de Andrews (Maryland), nos arredores de Washington e de onde às 8h25 local (9h25 de Brasília) decolaram a bordo do avião presidencial Air Force One rumo ao aeroporto internacional McCarran, em Las Vegas (Nevada).
O governante deve se reunir em Las Vegas com as vítimas do massacre, bem como com as forças de segurança e serviços de emergência que responderam ao ataque e estão fazendo um "fantástico trabalho", segundo disse Trump hoje em breves declarações à imprensa.
No domingo, desde a janela de um quarto no 32° andar de um hotel, Stephen Paddock disparou contra uma multidão que participava de um festival de música country durante um intervalo de entre 9 e 11 minutos e com rifles semiautomáticos que tinha modificado para que disparassem mais rápido.
Em declarações na terça-feira à imprensa, Trump afirmou que desconhece se o autor do tiroteio tinha algum tipo de vínculo com o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).
"Não tenho ideia", disse Trump aos jornalistas a bordo do Air Force One em seu retorno de Porto Rico, ao ser questionado sobre se achava que o autor do massacre poderia ter algum vínculo com o EI.
Ainda que o EI tenha assumido a autoria do tiroteio, o FBI descartou por enquanto qualquer vínculo de Paddock com grupos terroristas estrangeiros.
O governante evitou falar do controle das armas de fogo nos Estados Unidos, ainda que ontem tenha reconhecido que "talvez" esse debate seja aberto "em algum momento".
Durante a campanha eleitoral de 2016, Trump recebeu o apoio da Associação Nacional do Rifle (NRA), o maior grupo de pressão ("lobby") contrário ao controle de armas de fogo nos EUA e que destina milhões de dólares a proteger a Segunda Emenda da Constituição, que protege o direito a portar armas.