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Trump vai assinar resolução contra supremacistas brancos

A porta-voz insistiu hoje que Trump "deixou claro na sua declaração inicial" sua postura a respeito da manifestação de supremacistas brancos

Trump: a resolução é a primeira resposta do Congresso à violência racista de 12 de agosto em Charlottesville (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: a resolução é a primeira resposta do Congresso à violência racista de 12 de agosto em Charlottesville (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 13 de setembro de 2017 às 18h51.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, "certamente" assinará uma resolução conjunta aprovada pelo Congresso que condena os supremacistas brancos, assegurou nesta quarta-feira a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders.

A porta-voz insistiu hoje em sua coletiva de imprensa diária que Trump "deixou claro na sua declaração inicial" sua postura a respeito, na qual condenou "o ódio, a intolerância, o racismo de todas as formas".

A Câmara de Representantes aprovou o texto nesta terça-feira por unanimidade, uma resolução que já tinha contado com o apoio total do Senado no dia anterior.

A resolução é a primeira resposta do Congresso à violência racista de 12 de agosto em Charlottesville (Virgínia), quando um neonazista matou uma mulher e feriu outras 20 pessoas ao atropelar os participantes em uma manifestação antirracista que protestavam pela presença de ultradireitistas.

O texto condena "a violência racista e o ataque terrorista" ocorrido nessa cidade e "rejeita o nacionalismo branco, o supremacismo branco e o neonazismo como expressões de ódio e de intolerância que contradizem os valores que definem o povo dos Estados Unidos".

A resolução conjunta, que pede que Trump "se expresse contra os grupos de ódio que defendem o racismo, o extremismo, a xenofobia, o antissemitismo e a supremacia branca", tem que ser rubricada pelo governante para que entre em vigor.

Precisamente hoje, Trump se reuniu com o senador da Carolina do Sul, Tim Scott, um legislador afro-americano que tinha dito que a "autoridade moral" do presidente estava "comprometida" por sua resposta ao ocorrido em Charlottesville.

Trump evitou apontar os ultradireitistas como responsáveis pelo ocorrido em 12 de agosto ao culpar primeiro "os muitos lados", ainda que, 48 horas depois dos fatos, tenha condenado neonazistas, supremacistas brancos e o Ku Klux Klan, todos presentes em Charlottesville.

O presidente americano, no entanto, não demorou nem 24 horas para relativizar essa condenação ao insistir na sua teoria dos "dois lados" e afirmar que entre os neonazistas havia "gente muito boa".

"O presidente Trump segue comprometido com relações raciais positivas e espera continuar o diálogo com o senador Scott, a comunidade afro-americana e líderes de diversas comunidades em todo o país, todos eles com uma grande quantidade de perspectivas e experiências a respeito desta questão", disse a Casa Branca em um comunicado após o encontro com o senador.

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