Mundo

Trump vai à Flórida e Geórgia para avaliar danos de furacão Michael

O furacão Michael atingiu o Golfo do México na Flórida na quarta-feira passada e deixou 17 mortos

Trump: os socorristas criaram centros de distribuição de água e alimentos no dia seguinte ao desastre (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: os socorristas criaram centros de distribuição de água e alimentos no dia seguinte ao desastre (Kevin Lamarque/Reuters)

A

AFP

Publicado em 15 de outubro de 2018 às 15h58.

Última atualização em 9 de novembro de 2018 às 16h09.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, viaja para Flórida e Geórgia nesta segunda-feira (15), quase uma semana depois da passagem do furacão Michael, que atingiu com força os dois estados do sul do país, onde milhares de pessoas tentam sobreviver sem água corrente e eletricidade.

A tempestade de categoria 4 atingiu o Golfo do México na Flórida na quarta-feira passada, com ventos que chegaram a 250 km/h, e depois os estados de Geórgia, Carolina do Norte - que sofreu com o furacão Florence no mês passado - e Virgínia, deixando um rastro de ao menos 17 mortos.

A Casa Branca não deu detalhes sobre essa visita presidencial de um dia. Trump e sua esposa, Melania, partiram de Washington pela manhã.

Na Flórida, a cidade de Panama City e o pequeno balneário Mexico Beach sofreram danos enormes: milhares de lares e estabelecimentos comerciais ficaram destruídos, as linhas elétricas e a rede telefônica estão fora de serviço na maioria dos bairros, e apenas as estradas principais foram liberadas.

Os socorristas, que chegaram ao local no dia seguinte ao desastre, estabeleceram centros de distribuição de água e alimentos. Organizações beneficentes como o Exército da Salvação e muitas congregações religiosas fizeram o mesmo.

Alguns grandes depósitos voltaram a abrir suas portas, mas sem eletricidade, enquanto muitos postos de gasolina permanecem fechados. Nos que ainda têm combustível, era possível ver logo de manhã a formação de longas filas de automóveis.

Sobrevivência e ajuda mútua

"Agora trata-se apenas de sobrevivência", afirma Daniel Fraga, que vive no modesto bairro de St. Andrew, em Panama City, onde a solidariedade está em alta.

"Nos unimos, ajudamos uns aos outros e todos cuidam dos demais. E os que não participam estão fritos, pois sabemos quem eles são", disse o jovem eletricista.

Mais da metade do condado de Bay, que inclui Panama City, ainda não tinha eletricidade nesta segunda de manhã, enquanto vários condados do interior sofriam com um corte de mais de 80%, segundo a divisão de gestão de emergências para a Flórida.

O Exército e a Guarda Nacional dos EUA, junto com a polícia, também percorrem Panama City, já que a área fica completamente escura ao anoitecer.

A base da Força Aérea de Tyndall, localizada entre Panama City e Mexico Beach e cuja infraestrutura também ficou gravemente danificada, foi alvo de muita especulação sobre o seu estado. Alguns de seus hangares muito prejudicados abrigam sigilosos aviões F-22 Raptors, conhecidos por seu enorme custo unitário.

"Visualmente todos estavam intactos e pareciam estar em boas condições, se levarmos em conta o dano sofrido pelos edifícios", declarou a Força Aérea depois de uma ronda de controle no domingo.

"Nossos profissionais de manutenção farão um relatório detalhado sobre os F-22 Raptors e outros aviões antes que possamos estar seguros de que as aeronaves podem ser reparadas e voltar a voar", acrescentou a Força Aérea.

Acompanhe tudo sobre:Desastres naturaisDonald TrumpEstados Unidos (EUA)FlóridaFuracõesGeórgia (EUA)

Mais de Mundo

Polícia faz detonação controlada de pacote suspeito perto da Embaixada dos EUA em Londres

Quem é Pam Bondi indicada por Trump para chefiar Departamento de Justiça após desistência de Gaetz

Na China, diminuição da população coloca em risco plano ambicioso para trem-bala

Rússia diz ter certeza de que os EUA 'compreenderam' a mensagem após ataque com míssil