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Trump tem vitórias surpreendentes em estados-chave

Em pesquisa antes do dia da eleição, Hillary aparecia com 44% da preferência do eleitorado, contra 39% de Trump na última pesquisa Reuters/Ipsos

Eleitores de Donald Trump festejam o bom desempenho do republicano (Joe Raedle/Getty Images)

Eleitores de Donald Trump festejam o bom desempenho do republicano (Joe Raedle/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2016 às 03h15.

O candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, conquistou vitórias surpreendentes sobre a democrata Hillary Clinton em Estados-chave para a definição do próximo presidente dos Estados Unidos, abrindo o caminho para a Casa Branca para o empresário e abalando os mercados globais que contam com uma vitória de Hillary.

Com os investidores temendo que uma vitória de Trump cause incertezas econômica e global, o dólar despencava e os mercados acionários da Ásia tinham uma operação turbulenta nesta quarta-feira. Pesquisas divulgadas antes do dia da eleição davam uma ligeira vantagem a Hillary.

Bônus soberanos e o ouro operavam em alta, enquanto o peso mexicano estava em queda livre com os mercados enfrentando a possibilidade de uma vitória de Trump.

Trump venceu na Flórida, em Ohio e na Carolina do Norte. Com a votação encerrada em 49 dos 50 Estados norte-americanos, ele também tem uma pequena vantagem em Michigan, New Hampshire e Wisconsin, o que dá ao republicano uma clara vantagem na luta Estado a Estado para conquistar os 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para vencer a eleição.

Os dois candidatos ainda têm caminhos para chegarem a esta marca, mas Hillary precisaria vencer nos demais Estados-chave, incluindo Pensilvânia, Michigan e Nevada ou New Hampshire.

Trump conquistou Estados conservadores do Sul e do Meio-Oeste, enquanto Hillary ficou com vários Estados na Costa Leste e Illinois e no Meio-Oeste.

Depois de travar uma disputa acirrada com Trump na Virginia, Hillary conquistou a vitória neste Estado-chave, reduto eleitoral do candidato a vice da democrata, senador Tim Kaine.

Hillary reconheceu que a disputa estava inesperadamente apertada, após as pesquisas lhe darem a vantagem antes do dia da eleição. Ela usou sua conta no Twitter para afirmar: "Essa equipe tem muito do que se orgulhar. Independentemente do que acontecer nesta noite, obrigada por tudo".

Até às 2h10 de quarta-feira (horário de Brasília), Trump tinha 215 votos no Colégio Eleitoral, contra 209 de Hillary. As emissoras de TV dos EUA haviam projetado os vencedores em 38 dos 50 Estados norte-americanos e de Washington D.C..

Em pesquisa divulgada antes do dia da eleição, Hillary aparecia com 44 por cento da preferência do eleitorado, contra 39 por cento de Trump na última pesquisa Reuters/Ipsos. O levantamento Reuters/Ipsos Estados da Nação dava à democrata 90 por cento de chance de vencer o republicano e ser a primeira mulher eleita presidente dos EUA.

O controle do Congresso dos Estados Unidos também está em disputa na eleição desta terça. As emissoras projetaram que os republicanos manterão o controle da Câmara dos Deputados, cujas 435 cadeiras estão em disputa.

No Senado, onde os republicanos defendem uma estreita maioria de apenas quatro cadeiras, os democratas conquistaram uma vitória importante em Illinois, impedindo a reeleição de um republicano, mas os candidatos republicanos conseguiram se reeleger na Flórida e em Ohio.

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