Donald Trump: críticos da medida dizem que republicano está usando a pandemia para cumprir seu objetivo de limitar a imigração no país (Leah Millis/Reuters)
Reuters
Publicado em 22 de junho de 2020 às 19h39.
Última atualização em 22 de junho de 2020 às 21h16.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, irá expandir uma proibição a determinados vistos atualmente em vigor para incluir certos vistos de trabalho para não imigrantes, como parte de uma medida para proteger os trabalhadores americanos em meio ao estrago econômico provocado pela pandemia do coronavírus, afirmou uma autoridade do governo nesta segunda-feira.
Trump irá bloquear o ingresso de trabalhadores estrangeiros com os vistos H-1B (para trabalhadores qualificados) e L-1 (para trabalhadores transferidos dentro de uma empresa) até o fim do ano, afirmou a autoridade. O presidente também bloqueará trabalhadores sazonais com vistos H-2B, com exceção dos trabalhadores da indústria de serviços alimentícios.
A medida será tomada apesar da oposição de empresas que dependem de trabalhadores estrangeiros, incluindo grandes empresas de tecnologia e da Câmara de Comércio americana — a maior associação de negócios do país —, as quais têm dito que a decisão irá sufocar a recuperação econômica. Críticos da medida dizem que Trump está usando a pandemia para cumprir seu objetivo de longa data de limitar a imigração para os Estados Unidos.
Os efeitos imediatos da promulgação provavelmente serão limitados, já que os consulados dos Estados Unidos em todo o mundo permanecem fechados para a maioria dos processos de rotina de vistos devido à pandemia.
Trump é candidato à reeleição em 3 de novembro e tornou sua posição rígida acerca da imigração um ponto central para os eleitores, embora o coronavírus, os problemas econômicos e os recentes protestos nacionais sobre a brutalidade policial tenham ofuscado essa questão nos últimos meses.
A suspensão do visto é o mais recente passo de Trump para restringir a imigração. Trump também renovará um anúncio de abril, que suspende temporariamente a residência permanente nos Estados Unidos para alguns estrangeiros, disse o funcionário do governo nesta segunda-feira.