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Trump substitui procuradora-geral por oposição a veto migratório

Sally Yates se recusou a defender nos tribunais o veto a imigrantes e refugiados imposto pela Casa Branca

Sally Yates, procuradora-geral dos EUA, foi "demitida" por Donald Trump após discordar do veto migratório (Kevin Lamarque/Reuters)

Sally Yates, procuradora-geral dos EUA, foi "demitida" por Donald Trump após discordar do veto migratório (Kevin Lamarque/Reuters)

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EFE

Publicado em 31 de janeiro de 2017 às 06h59.

Última atualização em 31 de janeiro de 2017 às 14h00.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, substituiu na segunda-feira a procuradora-geral interina, Sally Yates, depois dela ter se recusado a defender nos tribunais o veto a imigrantes e refugiados imposto pela Casa Branca na última sexta-feira.

"Sally Yates traiu o Departamento de Justiça ao se negar a fazer cumprir uma ordem projetada para proteger os cidadãos dos Estados Unidos", disse a Casa Branca através de comunicado.

Sally Yates é uma procuradora da época do ex-presidente Barack Obama e estava no cargo à espera que o Senado americano confirme o indicado de Trump para a Procuradoria Geral, o senador republicano Jeff Sessions.

Trump nomeou como novo procurador-geral interino Dana Boente, até o momento procurador do Distrito Leste da Virgínia.

"Chegou a hora de colocar pessoas sérias para proteger nosso país. Impor uma apuração mais dura a indivíduos que chegam a partir de sete países perigosos não é extremo. É algo razoável e necessário para proteger nosso país", disse a Casa Branca.

No comunicado, a Casa Branca também qualificou Sally Yates como "frágil" na segurança das fronteiras se refere e "muito frágil" na questão da imigração ilegal.

Em carta enviada aos advogados e procuradores do Departamento de Justiça, Sally Yates disse não estar "convencida" de que a ordem executiva de Trump seja "legal".

Boente, o novo procurador-geral interino, se declarou "honrado" por servir Donald Trump até que Sessions seja confirmado.

"Defenderei e farei cumprir as leis do nosso país para assegurar que nossa gente e nosso país estejam protegidos", disse. EFE

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