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Trump sobre cúpula: "Saberemos em breve se um acordo real pode acontecer"

Presidente americano se prepara para encontro histórico com o líder norte-coreano, Kim Jong Un

Trump: cúpula entre representantes dos EUA e da Coreia do Norte vai ocorrer na noite desta segunda (no horário de Brasília), em Singapura (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump: cúpula entre representantes dos EUA e da Coreia do Norte vai ocorrer na noite desta segunda (no horário de Brasília), em Singapura (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de junho de 2018 às 19h20.

Última atualização em 11 de junho de 2018 às 21h20.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta segunda-feira que sua cúpula histórica em Singapura com o líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, pode "funcionar muito bem", conforme autoridades de ambos países buscam diminuir as diferenças sobre como encerrar um impasse nuclear na península coreana.

Kim, um dos líderes mais reclusos do mundo, fez um passeio noturno por locais à beira-mar em Singapura, na véspera de uma cúpula marcada para começar na terça-feira, em uma ilha resort próxima.

Em um tuite no início de terça-feira, no horário local, poucas horas antes da cúpula, Trump disse que encontros de representantes dos dois países estavam "indo bem e rapidamente", mas acrescentou: "no final, isso não importa. Todos saberemos em breve se um acordo real, não como os do passado, pode ocorrer ou não!"

Embora Trump esteja otimista com as perspectivas para a cúpula entre os antigos inimigos, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, colocou um tom de cautela antes do primeiro encontro entre líderes em exercício dos EUA e da Coreia do Norte, dizendo que ainda se precisa ver se Kim é sincero sobre sua vontade de se desnuclearizar.

Autoridades de ambas partes tiveram conversas de último minuto com objetivo de preparar o terreno para um encontro que era quase inimaginável poucos meses atrás, quando os dois líderes trocavam insultos e ameaças que levantaram temores de guerra.

Mas após uma série de aberturas diplomáticas aliviarem as tensões nos meses recentes, os dois líderes agora estão prontos para um aperto de mão histórico que autoridades norte-americanas esperam poder eventualmente levar à desmontagem de um programa nuclear norte-coreano que ameaça os EUA.

Dando uma prévia a repórteres, Pompeo disse que isto pode fornecer "uma oportunidade sem precedentes de mudar a trajetória de nossa relação e levar paz e prosperidade" à Coreia do Norte.

No entanto, ele minimizou a possibilidade de um avanço rápido e disse que a cúpula deve estabelecer o panorama para o "duro trabalho que será feito", insistindo que a Coreia do Norte teria que seguir para a desnuclearização completa, verificável e irreversível.

A Coreia do Norte, no entanto, mostrou pouco desejo de abandonar armas nucleares que considera vitais para a sobrevivência do regime dinástico de Kim.

Sanções sobre a Coreia do Norte irão continuar em vigor até que isto tenha acontecido, disse Pompeo. "Se a diplomacia não seguir na direção correta... estas medidas irão aumentar."

"A Coreia do Norte nos confirmou anteriormente seu desejo de se desnuclearizar e nós estamos ansiosos para ver se estas palavras se provam sinceras", disse.

A Casa Branca mais tarde disse que as discussões com a Coreia do Norte haviam avançado "mais rapidamente do que esperado" e que Trump iria deixar Singapura na noite de terça-feira, após a cúpula. Sua partida estava inicialmente marcada para quarta-feira.

Kim deve deixar o país na tarde de terça-feira, disse no domingo uma fonte envolvida no planejamento de sua visita.

Acredita-se que Kim não deixou seu hotel desde um encontro com o primeiro-ministro de Singapura, Lee Hsien Loong, pouco após seu desembarque na cidade no domingo, mas ele deixou o prédio na noite de segunda-feira.

O líder educado na Suíça, que acredita-se ter 34 anos, não deixava seu isolado país desde que assumiu, em 2011, a não ser para visitar a China e o lado sul-coreano da Zona Desmilitarizada, na fronteira que separa as duas Coreias.

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