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Trump sinaliza apoio a criação de 2 Estados para conflito árabe-israelense

O presidente americano afirmou que deve apresentar seu plano de paz para solucionar o conflito entre Israel e Palestina em até quatro meses

Trump: É um sonho meu poder fazer isso antes do final do meu primeiro mandato, disse o presidente americano (Carlos Barria/Reuters)

Trump: É um sonho meu poder fazer isso antes do final do meu primeiro mandato, disse o presidente americano (Carlos Barria/Reuters)

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AFP

Publicado em 26 de setembro de 2018 às 11h39.

Última atualização em 26 de setembro de 2018 às 12h22.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quarta-feira que apresentará um plano de paz para o Oriente Médio nos próximos meses, incluindo uma solução de dois Estados, e está confiante de que os palestinos "retornarão à mesa de negociações".

Antes de se encontrar com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, Trump disse aos repórteres que encontrar uma solução pacífica para o conflito é seu "sonho".

Ele afirmou que o seu governo apresentará um plano de paz para a região em "dois, três ou quatro meses".

Esta foi a primeira vez que Trump disse explicitamente que apoia a criação de um Estado palestino. "Isso é o que eu acho que funciona melhor", assegurou.

"Eu realmente acredito que algo vai acontecer. É um sonho meu poder fazer isso antes do final do meu primeiro mandato", acrescentou Trump, que foi eleito para um mandato de quatro anos até janeiro de 2021.

Um líder palestino rejeitou as declarações de Trump, considerando serem contraditórias com as ações "destrutivas" do governo americano sobre o conflito entre Israel e os palestinos.

"Suas declaração vão de encontro de suas ações, e suas ações destroem claramente toda possibilidade de uma solução de dois Estados", afirmou à AFP Hossam Zomlot, chefe da missão diplomática palestina em Washington, cujo governo americano recentemente ordenou o fechamento.

O processo de paz no Oriente Médio está estagnado desde que os palestinos romperam contato com o governo Trump no ano passado em protesto contra a decisão do presidente americano de reconhecer Jerusalém com a capital de Israel.

Os palestinos também querem Jerusalém Oriental como capital do Estado a que aspiram, e há tempos argumental que o status da cidade sagrada só deve ser estabelecido como parte de um acordo de paz mais amplo.

As relações entre a Autoridade Palestina e os Estados Unidos pioraram ainda mais nos últimos meses, principalmente depois que Washington cortou o financiamento de uma agência das Nações Unidas de ajuda a milhões de refugiados palestinos.

Mas, apesar de toda a turbulência, Trump afirmou que não tem dúvidas de que os palestinos vão voltar à mesa de negociações

"Vão absolutamente retornar à mesa. Absolutamente, 100%", garantiu.

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