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Trump saúda luta de Macron contra 'imigração descontrolada'

Presidente americano disse que EUA e França adotam "decisões sérias" para recuperar o controle das fronteiras e da soberania

Trump e Macron: presidente elogiou projeto de lei francês que tenta eduzir o tempo necessário para a análise dos pedidos de asilo de imigrantes (Jonathan Ernst/Reuters)

Trump e Macron: presidente elogiou projeto de lei francês que tenta eduzir o tempo necessário para a análise dos pedidos de asilo de imigrantes (Jonathan Ernst/Reuters)

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AFP

Publicado em 24 de abril de 2018 às 19h57.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, saudou nesta terça-feira as medidas "nem sempre populares" adotadas pela França para combater a "imigração descontrolada".

"Estados Unidos e França têm um desafio que vem de muito longe: a imigração descontrolada", disse Trump em entrevista coletiva em Washington ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron.

"Estamos adotando decisões sérias para recuperar o controle das nossas fronteiras e de nossa soberania", declarou Trump.

O líder americano destacou que admira "a autoridade" mostrada por Macron para administrar este tema "de uma maneira muito honesta e direta, e não sempre popular", em referência ao projeto de lei votado no domingo passado pelos deputados franceses "por uma imigração controlada, um direito de asilo efetivo e uma integração de sucesso".

O texto tem por objetivo reduzir o tempo necessário para a análise dos pedidos de asilo a fim de agilizar a expulsão dos peticionários rejeitados, assim como a recepção das pessoas aprovadas. Também amplia o período máximo de detenção administrativa dos estrangeiros a espera da expulsão, incluindo crianças.

A oposição de esquerda qualificou a lei de "desumana" e afirmou que "torna o estrangeiro um suspeito", enquanto o Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH) condenou o governo francês pela detenção de menores de idade.

A direita também critica a reforma, alegando que facilita a regularização dos imigrantes ilegais.

A França teve em 2017 um recorde de pedidos de asilo, mais de 100 mil, e concedeu 36%. O país tinha cerca de seis milhões de imigrantes em 2014, quase 10% de sua população.

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