Presidente americano, Donald Trump: apesar dos recursos para o muro terem ficado de fora do pacto, a Casa Branca considerou a lei orçamentária como uma vitória (Yuri Gripas/Reuters)
EFE
Publicado em 5 de maio de 2017 às 15h50.
Última atualização em 5 de maio de 2017 às 17h55.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta sexta-feira uma lei orçamentária para financiar as agências federais com US$ 1,1 bilhão até a conclusão do atual ano fiscal em setembro, evitando assim uma paralisação parcial das atividades do governo por falta de recursos.
A informação sobre a assinatura da lei foi dada pela secretária-adjunta de Imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders. Trump está desde ontem em sua residência particular na cidade de Bedminster, em Nova Jersey, e hoje não tem atividades públicas em sua agenda.
A lei orçamentária assinada hoje por Trump foi aprovada ontem no Senado, um dia depois de ter obtido a autorização da Câmara dos Representantes.
Sem ela, que garante US$ 1,1 bilhão às agências federais até o próximo dia 30 de setembro, quando termina o atual ano fiscal, o governo teria que paralisar parcialmente suas atividades a partir desta sexta-feira por falta de recursos.
O acordo bipartidário sobre o orçamento foi firmado após semanas de negociações. Trump insistia na inclusão de verbas para começar a construir o muro na fronteira entre os EUA e o México, uma proposta que era criticada pelos democratas.
Apesar dos recursos para o muro terem ficado de fora do pacto, a Casa Branca considerou a lei orçamentária como uma vitória porque aumenta em US$ 1,5 bilhão o financiamento da segurança na fronteira e também os recursos para o Departamento de Defesa.
A proposta contém também, entre outras coisas, US$ 295 milhões para ajudar Porto Rico em seus programas de assistência sanitária, e verba para a lei de saúde do ex-presidente Barack Obama, conhecida como Obamacare, algo que os republicanos queriam cortar.
Os Institutos Nacionais de Saúde receberão mais US$ 2 bilhões, totalizando US$ 34 bilhões, de acordo com a proposta, que também preserva 99% do orçamento da Agência de Proteção Ambiental (EPA) e aumenta o financiamento para produção de energia limpa. Trump tentava fazer cortes em ambas as áreas.
No balanço final, os democratas conseguiram se impor na elaboração do orçamento, defendendo a maioria de seus objetivos primordiais. Já a Casa Branca disse que a peça orçamentária para o próximo ano fiscal incluirá as demandas de Trump.