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Trump reforça que tarifas começam em 1° de agosto e vê 'boa chance' de acordo com a União Europeia

Presidente americano se reuniu com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na Escócia para negociar as medidas tarifárias entre os EUA e o bloco

Donald Trump se reuniu com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na Escócia (Andrew Harnik/Getty Images)

Donald Trump se reuniu com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na Escócia (Andrew Harnik/Getty Images)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 27 de julho de 2025 às 13h58.

Última atualização em 27 de julho de 2025 às 14h58.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo, 27 de julho, que há “boa chance” de um acordo com a União Europeia sobre as tarifas impostas ao bloco. Ele declarou que as novas tarifas comerciais entram em vigor em 1° de agosto, próxima sexta-feira, exceto no caso do aço e do alumínio.

Trump se reuniu com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, na Escócia para negociar as medidas tarifárias entre os EUA e o bloco. Antes do encontro, ambos afirmaram que havia “50% de chance” de um acordo.

Em uma coletiva de imprensa antes da reunião, o republicano disse que as divergências incluem barreiras às exportações de automóveis e produtos agrícolas americanos. Questionado se as tarifas poderiam ser “melhores do que 15%”, Trump respondeu: “se melhor significa menor, não”. O presidente afirmou ainda que o mercado europeu é “muito fechado” e que, em caso de acordo, este encerraria a discussão tarifária. Ele acrescentou que produtos farmacêuticos ficariam de fora das tarifas.

Ursula von der Leyen declarou que qualquer acerto precisa ser “baseado na justiça e em um reequilíbrio”. Antes da reunião, ela descreveu Trump como um “negociador duro” e destacou que, se fechado, este será o maior acordo já firmado pelas duas partes.

Pressão por abertura de mercados

Donald Trump afirmou que a União Europeia precisa abrir seus mercados para os produtos americanos. Ao comentar o desequilíbrio comercial entre as duas regiões, ele disse: “não vendemos carros ou produtos do agronegócio para a Europa. Eles vendem milhões de carros para os EUA”.

A presidente da Comissão Europeia concordou com a necessidade de ajustes e disse que “a UE é superavitária e precisa rebalancear os fluxos comerciais”.

O republicano indicou ainda que os produtos farmacêuticos podem ser tratados de forma separada do acordo em negociação com a União Europeia. A medida, segundo analistas, representaria um impacto significativo para o bloco, que esperava limitar tarifas sobre medicamentos, um dos principais itens exportados para os EUA. “Os produtos farmacêuticos são muito especiais”, afirmou.

Ele reforçou que Washington arrecada valores expressivos com as tarifas já aplicadas ao aço e ao alumínio – itens que a União Europeia tenta isentar das taxas. “Quem não quiser pagar nenhuma tarifa deve abrir uma fábrica nos EUA”, enfatizou.

Comércio bilateral e possíveis acordos

De acordo com a agência France Press, a relação comercial entre os EUA e a União Europeia movimenta cerca de US$ 1,9 trilhão (R$ 10,5 trilhões na cotação atual) anuais em bens e serviços. Caso Trump e von der Leyen alcancem um acordo, os termos precisarão ser aprovados pelos 27 Estados-membros do bloco, que devem se reunir ainda neste domingo em caso de sinal positivo.

Trump também disse que os EUA estão próximos de um acordo com a China e que Camboja e Tailândia manifestaram interesse em negociar tarifas comerciais com o país.

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