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Trump reconhece Jerusalém como capital de Israel

A medida promete gerar tensões no Oriente Médio e reduzir as possibilidades de um processo de paz entre israelenses e palestinos

Trump: "Determinei que é hora de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel" (Kevin Lamarque/Reuters)

Trump: "Determinei que é hora de reconhecer oficialmente Jerusalém como capital de Israel" (Kevin Lamarque/Reuters)

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Reuters

Publicado em 6 de dezembro de 2017 às 16h15.

Última atualização em 6 de dezembro de 2017 às 16h38.

Washington - O presidente norte-americano, Donald Trump, reverteu décadas de política externa dos Estados Unidos na quarta-feira e reconheceu Jerusalém como a capital de Israel, apesar dos alertas ao redor do mundo de que o gesto causaria ainda mais tensão entre Israel e os palestinos.

Em um discurso na Casa Branca, Trump disse que sua administração iniciará um processo para transferir a embaixada dos EUA em Tel Aviv para Jerusalém, o que deverá levar anos.

O status de Jerusalém --lar de locais sagrados para as religiões muçulmana, judaica e cristã-- tem sido um dos problemas mais espinhosos dos esforços de paz do Oriente Médio.

Israel considera a cidade como sua capital eterna e indivisível e quer todas as embaixadas lá. Os palestinos querem que a capital de um Estado palestino independente esteja no setor oriental da cidade, que Israel capturou na guerra de 1967 no Oriente Médio e anexou em um movimento nunca reconhecido internacionalmente.

A decisão de Trump deve agradar o núcleo de seus apoiadores --republicanos conservadores e cristãos evangélicos que compõem uma parte importante de sua base política.

Os assessores de Trump afirmam que o movimento reflete a realidade de Jerusalém como o centro da fé judaica e o fato de que a cidade é a sede do governo israelense.

Trump chamou sua decisão como um passo "há muito atrasado" para avançar no processo de paz.

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