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Trump receberá Netanyahu em 25 de março, antes das eleições em Israel

O governo americano planeja apresentar depois das eleições israelenses seu plano para a paz entre israelenses e palestinos

Primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Donald Trump (Olivier Douliery/Getty Images)

Primeiro ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o presidente dos EUA, Donald Trump (Olivier Douliery/Getty Images)

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EFE

Publicado em 20 de março de 2019 às 16h53.

Washington — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se reunirá na próxima segunda-feira com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que visitará Washington apenas duas semanas antes das eleições de 9 de abril em seu país e em um momento no qual a Casa Branca finaliza seu plano de paz para o Oriente Médio.

Trump terá um encontro de trabalho com Netanyahu no dia 25 de março e também jantará com o chefe do governo israelense no dia seguinte, informou a Casa Branca em comunicado.

"O presidente e o primeiro-ministro conversarão sobre os interesses compartilhados por ambos os países e suas ações no Oriente Médio durante seu encontro de trabalho", diz a breve nota.

Netanyahu já tinha viagem marcada a Washington na semana que vem para participar da conferência anual do principal grupo de pressão pró-israelense nos EUA, o AIPAC. Portanto, aproveitará a ocasião para se reunir novamente com Trump.

Em 2015, o primeiro-ministro também viajou aos EUA em uma data muito próxima às eleições israelenses para fazer um discurso no AIPAC, e o então presidente americano, Barack Obama, decidiu não se reunir com ele para não dar a impressão de que a Casa Branca tinha preferências ou queria interferir no resultado do pleito.

O governo de Trump não parece ter essa preocupação, a julgar pelas declarações dadas na última segunda-feira pelo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, ao início de uma viagem a Israel.

"Sempre há eleições. Nós temos eleições dentro de um ano, eles dentro de menos de um mês. Mas irei a Israel pela relação tão importante que temos", disse Pompeo aos jornalistas que viajavam com ele.

Espera-se que o partido de Netanyahu, o Likud, o respalde para liderar uma nova legislatura após as eleições de abril, embora o atual primeiro-ministro chegue ao pleito envolvido em três casos de corrupção.

A Casa Branca planeja apresentar depois das eleições israelenses seu plano para a paz entre israelenses e palestinos, redigido pelo genro de Trump, Jared Kushner, e o enviado americano para o Oriente Médio, Jason Greenblatt.

Kushner adiantou em fevereiro que seu plano incluirá propostas sobre como resolver os assuntos mais complicados no conflito, inclusive "o estabelecimento de fronteiras", mas os palestinos criticaram duramente o enfoque de Washington e, em particular, o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel.

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