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Trump quer ter relação pessoal com Angela Merkel

Em uma entrevista com jornalistas, três funcionários do governo americano explicaram os objetivos e a agenda de Trump na reunião com Merkel

Angela Merkel: entre outras coisas, Trump quer que Merkel fale de sua experiência ao lidar com Putin e com os russos, de maneira geral (François Lenoir/Reuters)

Angela Merkel: entre outras coisas, Trump quer que Merkel fale de sua experiência ao lidar com Putin e com os russos, de maneira geral (François Lenoir/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de março de 2017 às 16h05.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usará a reunião da próxima semana com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, para tentar estabelecer uma relação pessoal e pedir conselhos sobre como lidar com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, informou nesta sexta-feira a Casa Branca.

Em uma entrevista com jornalistas, três funcionários do governo americano explicaram os objetivos e a agenda de Trump na reunião com Merkel, que será recebida na Casa Branca na próxima terça-feira.

A interação do governo Trump com a Alemanha desde que ele assumiu o poder foi "frequente e robusta", disseram os funcionários. Na reunião, o presidente pretende expressar à chanceler seu "apreço pela profunda amizade" entre os dois países.

Trump espera que o encontro seja "positivo e cordial" e quer "construir uma relação pessoal" com Merkel, algo que permita que eles trabalhem juntos daqui em diante. Um dos funcionários disse que o presidente "está muito impressionado" com a liderança de Merkel.

Entre outras coisas, Trump quer que Merkel fale de sua experiência ao lidar com Putin e com os russos, de maneira geral.

Alem disso, o presidente quer saber qual o ponto de vista da chanceler sobre o papel que os EUA podem ter na busca de uma solução para o conflito na Ucrânia e na aplicação dos acordos assinados em Minsk há mais de dois anos, em fevereiro de 2015.

Sobre a exigência dos EUA de que todos os membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) aumentem suas despesas em defesa para 2% do Produto Interno Bruto (PIB), os funcionários ressaltaram os sinais positivos mostrados pela Alemanha e que Trump espera conhecer o plano de Merkel sobre o assunto.

"Da mesma forma que os EUA, como uma das maiores economias da Otan, a Alemanha deveria dar exemplo com um aumento de suas contribuições", afirmou um dos funcionários do governo americano.

Em relação à continuação da negociação de um tratado de livre-comércio e investimentos entre EUA e União Europeia, uma das fontes esclareceu que o governo Trump ainda não tomou uma decisão.

Eles também não quiseram responder às perguntas sobre como as críticas que o republicano fez à política de amparo de refugiados da chanceler alemã podem ter na relação pessoal que Trump quer estabelecer com Merkel.

Além dos temas citados, espera-se que Trump e Merkel conversem sobre segurança cibernética. Ao final do encontro, os dois devem conceder uma entrevista coletiva conjunta.

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