Mundo

Trump quer melhorias para detectar "doentes de ódio" nos EUA

Trump disse que é preciso evitar que entrem no país pessoas com o mesmo ódio "ou pior" que o do suposto autor do massacre de Orlando


	Trump disse que é preciso evitar que entrem no país pessoas com o mesmo ódio "ou pior" que o do suposto autor do massacre de Orlando
 (Kamil Krzaczynski / Reuters)

Trump disse que é preciso evitar que entrem no país pessoas com o mesmo ódio "ou pior" que o do suposto autor do massacre de Orlando (Kamil Krzaczynski / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2016 às 12h27.

Washington - O virtual candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira melhorias na inteligência para detectar os "doentes de ódio", aqueles que nasceram no país e se radicalizaram, e disse também que a comunidade muçulmana deve fazer mais para facilitar informação.

Trump deu várias entrevistas por telefone às principais emissoras de televisão americanas para falar de suas propostas perante o massacre do fim de semana em uma boate gay de Orlando (Flórida), classificado como o ataque a tiros "mais letal" na história do país.

"Necessitamos uma inteligência muito melhor para recopilar informação sobre os milhares de muçulmanos nascidos nos EUA que se radicalizaram", comentou Trump à "CNN".

"Temos que olhar para as mesquitas, temos que olhar para a comunidade (muçulmana) (...) E, acredite em mim, a comunidade conhece as pessoas que têm o potencial de explodir", acrescentou o polêmico magnata.

Em outra entrevista, neste caso à emissora ABC, Trump disse que é preciso evitar que entrem no país pessoas com o mesmo ódio "ou pior" que o do suposto autor do massacre de Orlando, Omar Seddique Mateen, um americano de origem afegã de 29 anos.

"Temos que ter uma proibição para as pessoas que vêm da Síria, de diferentes partes do mundo com essa filosofia", destacou o virtual candidato republicano.

A Polícia de Orlando (Flórida) detalhou hoje que no tiroteio na boate gay Pulse morreram 49 pessoas, além de Mateen, o suposto autor dos disparos.

O suspeito jurou lealdade ao Estado Islâmico (EI), grupo que reivindicou hoje de novo a autoria do massacre e qualificou Mateen como um "soldado do califado".

Por causa deste massacre, o multimilionário reiterou sua proposta de proibir a entrada nos EUA de todos os muçulmanos, uma ideia que lançou em dezembro do ano passado após o tiroteio na cidade californiana de San Bernardino, cometido por dois supostos seguidores do EI.

Trump havia antecipado na semana passada que hoje daria um discurso para revelar "segredos" da virtual candidata democrata à Casa Branca, Hillary Clinton, e seu marido, o ex-presidente Bill Clinton.

No final das contas, esse discurso, que acontecerá no estado de New Hampshire, estará centrado em terrorismo, segurança e imigração, de acordo com a campanha do magnata.

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesDonald TrumpEmpresáriosEstados Unidos (EUA)FlóridaGaysLGBTMassacresPaíses ricosPreconceitos

Mais de Mundo

Putin sanciona lei que anula dívidas de quem assinar contrato com o Exército

Eleições no Uruguai: Mujica vira 'principal estrategista' da campanha da esquerda

Israel deixa 19 mortos em novo bombardeio no centro de Beirute

Chefe da Otan se reuniu com Donald Trump nos EUA