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Trump quebra o silêncio, diz que não vai ser cancelado e pede às pessoas: se vacinem

Ex-presidente prega união dos republicanos antes de citar nominalmente e atacar congressistas do partido que votaram a favor do pedido para que sofresse impeachment

O ex-presidente dos EUA Donald Trump reaparece em evento político de conservadores em Orlando (JIM WATSON / AFP/Getty Images)

O ex-presidente dos EUA Donald Trump reaparece em evento político de conservadores em Orlando (JIM WATSON / AFP/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2021 às 21h55.

Última atualização em 1 de março de 2021 às 10h59.

Em seu primeiro discurso público após o fim do mandato, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump sinalizou que permanecerá no Partido Republicano. "Estou diante de vocês para declarar que a incrível jornada que começamos juntos há quatro anos está longe de chegar ao fim", disse em evento -- a Conservative Political Action Conference (CPAC) -- em Orlando.

O ex-presidente não deu detalhes sobre os próximos passos em seu futuro político, mas negou que esteja planejando a criação de um novo partido. "Não precisamos de um novo partido, temos o Partido Republicano. Ele vai ser forte e unido como nunca antes" apontou.

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Depois de falar em união do partido, Trump nomeou cada deputado e cada senador republicano que votou a favor do segundo pedido de impeachment contra ele.

Foi um discurso de cerca de 90 minutos com temas diversos. Ele disse rejeitar a cultura do cancelamento -- da qual passou a ser alvo com a série de posts com afirmações e acusações desprovidas de provas ou incitando a violência -- e também pediu expressamente que os americanos tomem a vacina contra o novo coronavírus.

Trump voltou a afirmar que a eleição de Biden foi fraudada, mais uma vez sem apresentar provas, e que alterações nas regras eleitorais são necessárias. "Nós precisamos de reformas imediatas para eleições seguras. Não podemos deixar que o que aconteceu em 2020 aconteça novamente", apontou.

Ele também atacou a atuação de Joe Biden como presidente. "Joe Biden teve o primeiro mês mais desastroso da história", disse.

Entre os principais temas durante a fala, Trump insistiu que a imigração ilegal cresceu após o início do mandato do democrata. "Joe Biden está permitindo a imigração ilegal como nunca antes. A administração dele está trabalhando agora para aceitar imigrantes ilegais, dia após dia", afirmou.

Trump também defendeu que as escolas sejam reabertas: "A administração de Biden está impedindo que as escolas voltem. Milhões de vidas de crianças americanas estão sendo destruídas por Joe Biden. As crianças devem voltar às escolas imediatamente".

Durante a convenção, Trump afirmou que os próximos quatro anos serão difíceis para os EUA e que os conservadores devem se unir para enfrentar ameaças ao país. "Pelos próximos quatro anos, os republicanos desta sala terão que combater os democratas e as notícias falsas. Estaremos unidos e fortes como nunca antes. Vamos lutar contra o radicalismo, o socialismo e o comunismo", defendeu o ex-presidente.

Trump também atacou grandes empresas de mídia, afirmando que os conservadores não podem se calar perante injustiças. "Facebook, Twitter e Google devem ser punidos por silenciarem vozes conservadoras", disse. O republicano teve sua conta apagada do Twitter após divulgação seguida de informações falsas em janeiro, que ajudaram a promover a invasão do Congresso por manifestantes.

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